Alerta geral
"Vejo um outro ponto de ruptura no horizonte. A tentativa de Bolsonaro de aparelhar a Câmara dos deputados com Arthur Lira, do "PDS" de Alagoas, completará o controle do nazibolsonarismo sobre a República", diz o colunista Eduardo Guimarães, editor do Blog da Cidadania
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Em 17 de junho de 2013, eu, Eduardo Guimarães, publiquei no Blog da Cidadania um artigo intitulado "Isso vai terminar em golpe".
O texto ponderava que as manifestações que se apoderavam do país teriam os seguintes efeitos:
1 - Originárias da esquerda antipetista, promoveriam forte queda na aprovação do governo Dilma devido a sugerirem insatisfação popular apesar de o Brasil, então, distribuir renda, reduzir a pobreza e ser o país que mais atraía investimentos estrangeiros.
2 - A queda da aprovação de Dilma excitaria o mau caráter do então vice-presidente Michel Temer e ele conspiraria para tirar o foco social do governo do país e substituir a presidente via impeachment.
3 - Os gigantescos gastos sociais da era petista seriam revertidos e os trabalhadores perderiam direitos e protagonismo.
Incrivelmente, o script se cumpriu à risca.
Agora, vejo um outro ponto de ruptura no horizonte. A tentativa de Bolsonaro de aparelhar a Câmara dos deputados com Arthur Lira, do "PDS" de Alagoas, completará o controle do nazibolsonarismo sobre a República.
Uma emenda da re-reeleição será aprovada em um segundo mandato que Bolsonaro obterá graças ao aparelhamento completo das instituições, se assumir também o controle da Câmara.
O aparelhamento se completaria com PGR, Abin, PF, 2 ministros no STF, Senado, Câmara e outros.
A mesma esquerda voluntarista que tirou a extrema-direita do armário em 2013 e deu "moral" ao antipetismo insano que se apoderou do país, agora está com uma ideia de jerico de lançar candidato à Presidência da Câmara, elegendo Lira.
A eleição de Arthur Lira à Presidência da Câmara será o golpe de misericórdia na democracia brasileira e fortalecerá Bolsonaro ao impensável.
Pense.
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