Alckmin ficou mais parecido com Bolsonaro
"Vai ser difícil, daqui para a frente distinguir as candidaturas de Alckmin e de Bolsonaro. Estão ficando cada vez mais parecidas. A história de que ele seria o candidato do centro é uma balela", diz o colunista Alex Solnik; "Nessa tentativa de procurar o eleitorado de extrema-direita Alckmin vai perder os tradicionais eleitores tucanos e dificilmente conquistar os extremistas. Estes já são cativos do ex-capitão, que é muito mais carismático que ele. E os eleitores de Bolsonaro são jovens que não se identificam com o jeitão antiquado de Alckmin"
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Vai ser difícil, daqui para a frente distinguir as candidaturas de Alckmin e de Bolsonaro. Estão ficando cada vez mais parecidas. A história de que ele seria o candidato do centro é uma balela.
No governo de São Paulo o tucano se aliou ao PSB. Agora mudou radicalmente de rumo. Resolveu (ou seus aliados resolveram) pintar a chapa com as cores da extrema-direita ao nomear para vice a senadora gaúcha Ana Amélia.
Durante a farsa do impeachment ela foi a mais truculenta das farsantes. Sempre defendeu as medidas mais duras e inconstitucionais. Estimulou ataques de "relho" à caravana de Lula ao Sul.
Não sei se é uma boa para ele. Acho que não. Uma decepção para os eleitores tucanos que tinham medo de votar em Bolsonaro. Se Alckmin é cada vez mais um Bolsonaro com cara de coroinha, votar nele ou no ex-capitão vai dar na mesma.
Nessa tentativa de procurar o eleitorado de extrema-direita Alckmin vai perder os tradicionais eleitores tucanos e dificilmente conquistar os extremistas. Estes já são cativos do ex-capitão, que é muito mais carismático que ele. E os eleitores de Bolsonaro são jovens que não se identificam com o jeitão antiquado de Alckmin.
Em entrevista, ontem, ao pelotão de fuzilamento da Globo News, ele recitou Olavo Bilac, citou frases em latim e apelou a outras antiguidades. O ataque aos trabalhadores e estudantes ficou evidente. Ele prometeu (ou ameaçou) acabar com o Ministério do Trabalho, com o ensino superior gratuito e liberar armas no campo, copiando Bolsonaro. Sem parar de exibir o sorriso falso que não tira do rosto.
A desculpa das armas é a segurança. Mas, como se viu na caravana petista ao Sul do país elas também servem para dar tiros em ônibus de adversários políticos.
A senadora, que tem, desde os tempos em que ajudou a derrubar a presidente Dilma o costume de se vestir de verde-e-amarelo será a porta-voz do discurso extremista e agressivo contra Lula e a esquerda, liberando Alckmin dessa tarefa.
Ela será o Bolsonaro do Alckmin.
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