Alckmin é apenas o primeiro alvo
Restam o espírito lavajatista e o lawfare para serem utilizados contra qualquer liderança que tenha relação com o PT – Alckmin é apenas o primeiro alvo
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Não sei o que os meus três únicos assíduos leitores acham, mas, a cada dia que se passa nesse nosso “país tropical abençoado por deus e bonito por natureza”, mais me parece que, apesar de não se repetir, a história está rimando muito mais do que eu gostaria que acontecesse, em especial porque a rima voltou a incluir três palavras-chave: delação premiada, polícia federal e caixa dois.
Não nutro simpatia alguma por Geraldo Alckmin (muito menos pelo PSB de Pernambuco, diga-se de passagem), mas, como já fiz questão de afirmar num texto passado, farei campanha e votarei em Lula no dia 2 de outubro próximo, inobstante o seu vice e o apoio do PT ao candidato indicado pelo PSB para governador do estado que tem na sua bandeira criada durante uma revolução em 1817 um lindo arco-íris.
O problema é que, derrotada a operação lava-jato e, junto a esta, caídos por terra todos os processos movidos contra o ex-presidente Lula, ainda restam de pé firmes e fortes o espírito lavajatista e o lawfare que sempre o inspirou, preparados para serem utilizados nos próximos seis meses contra toda e qualquer liderança política que tenha algum tipo de relação com ele e o PT – Alckmin é apenas o primeiro alvo nessa partida que acaba de começar.
Não tenho a menor dúvida em relação ao fato de que “Carluxo” Bolsonaro e o “gabinete do ódio”, com o indevido apoio de inúmeras instituições do aparelho estatal, já possuem dossiês suficientes para municiarem as ações espetaculosas da polícia federal até a véspera do primeiro e segundo turnos das eleições de outubro, bem como para alimentarem de ódio todas as redes digitais bolsonaristas.
Diante desse cenário que só os ingênuos políticos não conseguem enxergar, lamento dizer que não nutro expectativa de que o STF e o TSE terão força suficiente para criar barreiras de proteção contra a rima (lembrem-se que a história não se repete) das ilegalidades cometidas desde, pelo menos, 17 de março de 2014 – data de fundação da operação liderada pelo ex-juiz federal de Curitiba.
Se o que acabo de escrever acima for verossímil, é bom colocarmos barba, cabelo e bigode de molho, pois o pior ainda está por vir das hostes bolsonaristas, com direito a acusações de existência de redes petistas de pedofilia, terrorismo e, evidentemente, corrupção, espalhadas por todo o território nacional, com bases em Cuba e Venezuela. Parece absurdo, mas nunca se esqueçam de que, em 2018, também parecia ser.
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