Ainda bem que a Shell e a Total apareceram no último envelope

Ainda importamos gasolina. Sim porque o nosso petróleo, mesmo sendo nosso, não serve para algumas coisas. Não movimenta automóveis, por exemplo



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Confesso a vocês. Eu estava pessimista. Por tudo o que se dizia antes do leilão.

Dona Maria das Graças Foster já dera uma pista, outro dia, numa conversa. Contou que estivera, nos últimos meses, três vezes na China. Uma delas num bate-e-volta tão rápido que nem chegou a pegar um hotel. Tomou um banho no aeroporto.

Os aeroportos de lá permitem que uma dama como a presidente (a) da Petrobras tome seu banho e faça sua toalete.

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É óbvio que ela fora a China tratar de um assunto importantíssimo. Para o Brasil e para a China.

O assunto: o Leilão de Libra, uma baita reserva de petróleo que os brasileiros haviam localizado abaixo da camada de sal no fundo do oceano.

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Tão baita que se estimava fosse capaz de produzir de 12 a 15 bilhões de barris.

Para se ter uma idéia, até hoje, apesar da balela da auto-suficiência,  somando a produção das bacias marítimas com a do Recôncavo baiano, o Brasil não consumiu 15 bilhões de barris.

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Ainda importamos gasolina. Sim porque o nosso petróleo, mesmo sendo nosso, não serve para algumas coisas. Não movimenta automóveis, por exemplo. Produzimos petróleo pesadão. A gasolina exige petróleo leve.

E a tal reserva mirabolante do Campo de Libra produziria exatamente o óleo que precisávamos.

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As três viagens da senhora Foster coincidiram com as notícias de que as grandes empresas petroleiras não viriam participar do Leilão de Libra.

Por que exatamente eu não sei. Então fiz como o Mino Carta. Conversei com os meus botões.

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E eles me falaram que os chineses estavam doidos atrás de petróleo. Para consumir e para ter reservas estratégicas garantidas. Não deu outra.

Depois de consultar a tia Dilma, a senhora Foster partiu para amarrar a estatal chinesa de petróleo no Leilão de Libra.

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Era a última esperança para evitar o fracasso do primeiro Leilão do Pré-Sal no universo.

Os chineses, com um olho no BUSINESS e o outro na sua estratégia globalizante, disseram presente no leilão.

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Para disfarçar trouxeram ainda uma outra empresa que se diz privada, mas a gente sabe que para os chineses isso não significa muita coisa.

O Leilão de Libra estava garantido. O mundo do petróleo não iria mais gozar com a nossa cara.

Contra o exército de sindicalistas que ainda sonha que o petróleo é nosso, tia Dilma botou o Exército Brasileiro.

Contra um punhadinho de Black Blocs, soltaram umas bombas que fazem fumaça e negam fogo.

Claro... Ainda iríamos ser motivo de chacota. O Leilão de Libra, a maior reserva conhecida de pré-sal do planeta, só atraiu empresas estatais... tsk... tsk... tsk...

Foi então, aos 45 do segundo tempo, que a gloriosa Shell (que é estatal mas só um pouquinho) e a Total juntaram suas forças e assumiram 20% do negócio.

Era como se o povo brasileiro gritasse para o mundo: o Pré-Sal não é apenas uma reserva estratégica.

Ou melhor, é uma reserva estratégica mas pode ser também BUSINESS!!! E isso é ótimo...

P.S. – Só precisa tomar cuidado agora para não quebrar a Petrobras.

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