Aha, Uhu, a verdade venceu!

"O STF reconheceu que a Lava Jato foi o maior esquema de corrupção judicial do mundo e que Sérgio Moro, o chefe da gangue, agiu como um bandido escondido na toga de juiz", afirma o jornalista Jeferson Miola

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABr)


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Jeferson Miola, em seu blog

Aha, Uhu, a verdade venceu!

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O STF reconheceu que a Lava Jato foi o maior esquema de corrupção judicial do mundo e que Sérgio Moro, o chefe da gangue, agiu como um bandido escondido na toga de juiz.

A perseguição judicial a Lula encontra equivalência na história mundial com o famoso caso Dreyfus.

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Alfred Dreyfus era o único oficial do Exército francês de origem judaica. Ele foi falsamente acusado de alta traição com a falsa acusação de colaborar com os alemães durante a guerra franco-prussiana [1870/1871] na disputa pelas terras da Alsásia-Lorena, ricas em carvão.

O caso Dreyfus foi marcante nos estudos e escritos de Hannah Arendt sobre o antissemitismo, a origem do nazismo e dos processos totalitários. A filósofa estadunidense retrata este caso num capítulo do célebre livro “As origens do totalitarismo”.

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Num processo viciado e baseado em documentos falsos e provas forjadas, tal como fez a Lava Jato com o ex-presidente Lula, Alfred Dreyfus foi condenado à prisão perpétua no ano de 1894.

Em 1898, o escritor francês Èmile Zola publicou o artigo “Eu acuso” [J’Accuse …!] em forma de carta ao presidente da França, que teve enorme impacto no debate público, no qual denunciou a terrível armação.

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No ano de 1906, 12 anos depois, e diante das irrefutáveis evidências da fraude e armação jurídica, a inocência de Dreyfus foi reconhecida e a farsa dos tribunais e juízes franceses foi desmascarada.

Assim como no caso Dreyfus, a monstruosa farsa político-jurídica arquitetada contra Lula foi desmascarada.

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Nesta 3ª feira 23 de março de 2021 o STF reconheceu a inocência do Lula e a atuação parcial e criminosa do ex-juiz Sérgio Moro. Com 7 anos de atraso, e depois de 580 dias de encarceramento injusto e ilegal do Lula, a injustiça perpetrada contra Lula foi finalmente reconhecida.

O STF reconheceu que Moro, il capo di tutti capi da gangue da Lava Jato, cinicamente pretextou a retórica do combate à corrupção para fraudar o sistema de justiça e promover uma implacável perseguição ao maior líder popular do Brasil.

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Esta decisão, apesar de ter chegado, lastimavelmente chegou tarde.

Esta decisão chegou depois da devastação da soberania do país, da destruição da economia nacional; chegou depois da evaporação de mais 4 milhões de empregos diretos e de outros milhões de empregos indiretos da engenharia nacional; chegou depois de R$ 172 bilhões de investimentos desaparecidos e de R$ 50 bilhões de impostos não arrecadados; chegou depois da corrupção do sistema de justiça, da violação da democracia e do Estado de Direito que permitiu a ascensão ilegítima ao poder central do país pelos generais genocidas.

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A justiça que tarda, mesmo que realizada tardiamente, sempre será uma justiça falha. Os danos, as mortes e os sofrimentos evitáveis causados ao país e ao povo brasileiro neste período terão efeitos profundos e duradouros.

O reconhecimento da inocência do Lula e da armação montada pela gangue chefiada por Sérgio Moro devolve ao ex-presidente seus direitos políticos ilegalmente sequestrados. E marca, também, a possibilidade de se iniciar a restauração do Estado de Direito e cria a perspectiva da sua eleição presidencial para iniciar o processo de salvação nacional e de reconstrução do país.

A verdade venceu!

A partir de hoje, a esperança já não é somente um desejo, mas uma possibilidade concreta no horizonte do povo brasileiro.

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