Agrado à bancada da bala

Na verdade, com a criação do Ministério da Segurança Pública, Temer deseja retirar do Ministério da Justiça o comando da Polícia Federal, acabando, dessa forma, com o pouco de autonomia que a instituição adquiriu ao longo dos governos dos presidentes Lula e Dilma

Rio de Janeiro - Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão no escritório do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, no centro da cidade do Rio de Janeiro (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Rio de Janeiro - Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão no escritório do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, no centro da cidade do Rio de Janeiro (Tânia Rêgo/Agência Brasil) (Foto: Chico Vigilante)


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Notícias veiculadas pela imprensa informam que o vampiro e golpista Michel Temer planeja criar o Ministério da Segurança Pública, por medida provisória, agora que acabou o carnaval.

Justamente agora, que faltam poucos meses para um presidente legítimo e ungido pelo voto do povo tomar posse no Palácio do Planalto.

Trata-se de uma vã tentativa de desviar o foco da votação da reforma previdenciária como forma de ganhar os votos da bancada da bala.

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Essa é uma ideia estapafúrdia, pois, para a segurança pública não falta um ministro. Ao contrário, faltam decisão, gestão, recursos. Justamente ele, que sempre reclama da falta de recursos, com a criação deste ministério inútil vai aumentar as despesas da União.

Na verdade, com a criação do Ministério da Segurança Pública, Temer deseja retirar do Ministério da Justiça o comando da Polícia Federal, acabando, dessa forma, com o pouco de autonomia que a instituição adquiriu ao longo dos governos dos presidentes Lula e Dilma.

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Falando em Justiça, a criação desta nova pasta vai praticamente liquidar com o MJ, um dos mais importantes ministérios da República desde que foi criado.

Cogita-se que Temer irá nomear para assumir a nova pasta o ex-governador do Estado de São Paulo, Luiz Antônio Fleury, cujo mandato ficou marcado pelo Massacre do Carandiru, quando mais de 100 presos foram assassinados, em 1992.

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Isso é zombar do povo brasileiro.

Espero que a sociedade brasileira esteja atenta e se mobilize para não permitir essa aberração.

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