Aécio Neves, o cambaleante (in) feliz
O playboy mimado, que até hoje não digeriu a amarga derrota, insiste em afirmar que seria o melhor presidente para o Brasil
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Em seu palanque semanal na Folha de S.Paulo, o tucano Aécio Neves publicou um texto hilário nesta segunda-feira (26). Intitulado "(In)feliz aniversário", o artigo faz o balanço de um ano da vitória de Dilma Rousseff no segundo turno do pleito presidencial. O playboy mimado, que até hoje não digeriu a amarga derrota, insiste em afirmar que seria o melhor presidente para o Brasil. "Um breve olhar para esses 12 meses só faz aumentar a minha convicção de que a oposição travou na eleição o bom combate". Pena que os eleitores não entenderam e rejeitaram, nas urnas, o infeliz cambaleante!
As bravatas semanais de Aécio Neves na Folha tucana só servem para mostrar, aos que não viraram ingênuos "midiotas", que o presidente nacional do PSDB anda desesperado. Ele é, de fato, um infeliz cambaleante! O senador mineiro sabe que o seu tempo político está se esgotando. Inviabilizada a tese golpista do impeachment de Dilma, ele será mastigado no ninho. Sem uma forte base de sustentação, após ser expulso de Minas Gerais, ele não terá a menor chance diante do governador paulista Geraldo Alckmin na briga pela candidatura em 2018. Até o eterno derrotado José Serra pode esmagá-lo. Nesta guerra, alguns dossiês tucanos até poderão escancarar a vida secreta de Aécio Neves!
Clima entre Alckmin e Aécio está conturbado
Governador paulista diz a amigos que senador mineiro tenta minar suas possibilidades no PSDB
O clima entre o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves está azedo. Alckmin reclama a amigos que Aécio, apesar do discurso colaborativo, não abre espaço para ele nem pensar numa candidatura ao Planalto em 2018. Ao contrário, saca aliados de Alckmin em diretórios regionais e controla o fundo orçamentário de acordo com seus interesses.
*****
bernardo mello franco
Aliança de alto risco
A oposição protocolou nesta quarta um novo pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O documento é uma versão recauchutada do anterior, apresentado no início de setembro.
"Estamos fazendo recorta e cola", resumiu um dos signatários, o advogado Miguel Reale Junior. Ele foi ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso. É filiado ao PSDB, partido que perdeu as últimas quatro eleições presidenciais.
O texto também recebeu o jamegão do advogado Hélio Bicudo, um ex-petista que se dedica há pelo menos dez anos a combater o PT. Em 2010, ele afirmou que a eleição de José Serra era "a maneira de se salvar a democracia no Brasil". O tucano foi derrotado nas urnas. Felizmente, o regime político do país não mudou.
A petição de Reale Junior e Bicudo tem a estridência dos antigos tribunos. Abusa das maiúsculas, em afirmações como a de que o ex-presidente Lula "NUNCA SAIU DO PODER". Também exagera nos pontos de exclamação. Reúne nada menos que 28, salpicados em expressões como "Um acinte!"e "O caso é grave!".
O documento cita 16 vezes a palavra corrupção. Apesar disso, os líderes da oposição aceitaram entregá-lo ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, acusado de embolsar dinheiro desviado da Petrobras.
Depois do ato, o líder do PSDB, Carlos Sampaio, disse que o peemedebista ainda tem condições de permanecer no cargo. "Enquanto o presidente dessa Casa não renunciar, ele tem a legitimidade e a prerrogativa de tomar as decisões", declarou.
Politicamente, o pedido "recorta e cola" foi uma ajuda e tanto para Cunha. Ele ganhou um instrumento para continuar na cadeira, intimidando governo e oposição.
Para os tucanos, a aliança com o correntista suíço é uma estratégia de alto risco. Nos últimos anos, o PSDB pediu votos pregando a ética na política. Ao abraçar Cunha, pode acabar sem impeachment e sem discurso para as próximas eleições.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247