Aécio, governo de Minas e PSDB querem censurar as/os Educadoras/es na Justiça
O governo de Minas Gerais e a coligação encabeçada pelo PSDB entraram com uma ação para proibir qualquer manifestação que tenha como pauta mostrar ao povo mineiro a realidade da péssima gestão na educação no Estado
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Ser trabalhador na educação em Minas Gerais não é fácil. Além de enfrentar as más condições de trabalho, os baixos salários e a fragilidade do projeto educacional, a categoria enfrenta a censura. Em Minas é proibido falar a verdade. Só se está autorizado a falar bem do governo. E quem ousar desrespeitar os novos coronéis da política mineira é censurado como eles fizeram com a imprensa local.
A mais recente tentativa do governo mineiro, aliado de Aécio Neves, candidato tucano a sucessão presidencial pelo PSDB, é calar as/os trabalhadoras/res da Educação na Justiça. O governo estadual e a coligação encabeçada pelo PSDB entraram com uma ação para proibir qualquer manifestação que tenha como pauta mostrar ao povo mineiro a realidade da péssima gestão na educação no Estado.
"A tentativa de censurar os trabalhadores em educação demonstra a forma como fomos tratados nos últimos anos: a mordaça como pedagogia do medo, enquanto se destrói a escola pública mineira", Beatriz da Silva Cerqueira, presidente do Sind-UTE/MG, Sindicatos dos Trabalhadores em Educação no Estado de Minas Gerais, e uma das líderes na luta por educação de qualidade no Estado e no Brasil.
Bia, como é conhecida, além de presidir o Sind-UTE/MG, é a presidente da CUT-MG, fato que muito nos orgulha, pois trata-se de uma liderança destemida e reconhecida em todo o Estado.
Vejam alguns exemplos da falta de respeito do governo de Minas com a Educação e seus profissionais que os tucanos querem impedir o povo de saber:
1 – O Programa Jovem atende apenas nove municípios;
2 – Faltam 1.010.491 de vagas no Ensino Médio;
3 – Somente 35% das crianças mineiras conseguem vaga na Educação Infantil;
4 – O governo não tem política preventiva à violência nas escolas. Professores são agredidos, alunos assassinados e nada é feito para impedir;
5 – O próprio programa Fica Vivo não diminuiu a violência entre os jovens. A taxa de homicídio aumentou 80% de 2001 a 2011 em Minas;
6 – Os professores não têm autonomia para avaliar o processo de aprendizagem dos alunos. O governo IMPÕE aprovação automática;
7 – O Governo de Minas NÃO paga o Piso Salarial Profissional Nacional aos profissionais do Magistério, conforme Lei Federal 11.738/08 e decisão do Supremo Tribunal Federal – STF;
8 – Efetivou, sem concurso, mais de 98 mil servidores, colocando estas pessoas numa situação de fragilidade jurídica;
9 – Congelou a carreira de todos os trabalhadores em educação até dezembro de 2015;
10 – O que mais incomoda os tucanos mineiros é a possibilidade de a população ser informada e lembrada dos problemas nas escolas mineira em pleno processo eleitoral. Qual é o medo?
Educar, informar, organizar as trabalhadoras e trabalhadores de Minas Gerais e do Brasil faz parte da missão dos professores e dos demais trabalhadores.
A CUT não vai permitir que as/os trabalhadoras/es na Educação de Minas sejam censurados.
Todo apoio ao Sind-UTE/MG!
Toda solidariedade à professora Bia!
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