Advogados de Lula enfrentam Moro e sua seletividade — Petrobras, Parente, imprensa, corrupção e escravidão
A verdade é uma só: o juiz Moro vai julgar e condenar o ex-presidente Lula. Vai condená-lo sem provas e sem dor de consciência, pois nunca a teve, afinal compromissado com o lado que assumiu o poder por intermédio de um golpe de estado
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
"Pode ser inapropriado, mas é perfeitamente jurídico e legal. O juiz preside, o regime é presidencialista, mas o juiz não é o dono do processo. Aqui os limites são a lei. A lei é a medida de todas as coisas. E a lei, no processo, disciplina esta audiência. A defesa tem direito de fazer uso da palavra pela ordem para arguir questão de ordem. Ou, se vossa excelência quiser eliminar a defesa — e eu imaginei que isso tivesse sido sepultado em 1945 (...). Se vossa excelência quiser suprimir a defesa, acho que não tem necessidade nenhuma de continuarmos essa audiência". (José Roberto Batochio, advogado da defesa de Lula, a discutir com o juiz Sérgio Moro)
"A suspeição de vossa excelência [apresentada em ação no TRF-4] resulta exatamente disso. É que vossa excelência se coloca na posição do Ministério Público. Vossa excelência, que não pode produzir provas na audiência, quer produzir provas! Está trazendo para o processo questões que não foram objeto de questionamentos nessa audiência. É por isso que vossa excelência continua sendo suspeito [para julgar Lula]". (Advogado da defesa de Lula presente à audiência ao contestar o juiz Sérgio Moro)
Vamos à pergunta que se recusa a calar e que incomoda muita gente: "A quem Sérgio Moro representa, e ele fala por quem e para quem?" Por mim e para mim, como cidadão brasileiro, o magistrado de primeira instância não fala e muito menos me representa. A milhões de brasileiros que não compactuaram com o golpe criminoso de estado terceiro-mundista promovido por cafajestes também acredito que o juiz de província não fala e nem representa.
Portanto, Moro deve falar para a grande mídia venal e totalmente envolvida com o desmonte do Estado brasileiro (o crime dos crimes) e para a ex-oposição demotucana, cujos membros ainda não foram presos e, ao que parece, nunca serão, pois nesta republiqueta das bananas, onde um juiz de primeira instância faz o que quer, ao ponto de quebrar a avançada engenharia brasileira, por intermédio de suas construtoras, que eram responsáveis por quase 15% do PIB deste País e que empregavam dezenas de milhares de pessoa no Brasil e no exterior.
A verdade é que realmente todo esse arcabouço jurídico e judicial faz com que o juiz Moro também seja objeto de desconfianças, pois, além de ele ser parcial e seletivo, passa-se a ponderar que o magistrado deve trabalhar também em prol de interesses estrangeiros, sem cairmos, ingenuamente, em teorias da conspiração e outros salamaleques, que transformam a vida real, que é dura e injusta, em historietas da Carochinha.
A verdade é que o juiz Moro não é um juiz confiável, pois vocacionado para as bravatas e as luzes da ribalta, a ter a imprensa de mercado como parceira. A imprensa familiar sonegadora de impostos, contrabandista de materiais e equipamentos televisivos, mau pagadora de dívidas bilionárias aos bancos públicos, cujos donos, os magnatas bilionários, têm contas no exterior não declaradas ao Fisco, bem como possuidores de patrimônios em nome de terceiros por meio de offshores, como, por exemplo, a Mossack Fonseca.
A questão é que Moro atua como delegado e promotor, sendo que ele é juiz. Ele não pode produzir provas. Por isto que juízes são chamados de magistrados, coisa que o Moro não é e parece não entender que servidor público não pode e não deve fazer política, escolher lado partidário e ter cor ideológica. Juiz, promotor e delegado têm de ser isentos, porque são esses agentes públicos os responsáveis por executar as leis e garantir a paz social entre as pessoas e os diferentes e diversificados grupos, segmentos e setores.
Há dois anos o juiz Sérgio Moro está à frente da força-tarefa da Lava Jato. Há dois anos que não é preso, o que já seria pedir demais, um único tucano do PSDB, pois como afirmei antes, existem também tucanos do DEM, do PPS e do PSB. Há dois anos que tal excelência afirma que "não vem ao caso" quando é perguntado, inclusive no exterior, o porquê de os políticos do PSDB, do DEM e do PPS não são sequer chamados para depor, mesmo como "convidados" ou testemunhas.
Trata-se de algo surreal e que realmente afronta, impiedosamente, a inteligência alheia ou do cidadão que tem o mínimo de discernimento e sensatez, por não se tratar de um tresloucado que sai às ruas a vociferar feito um doido varrido contra os partidos de esquerda, contra os milhões de eleitores que votaram em Dilma Rousseff e no Lula, bem como, dá para desconfiar, passaram por um processo de lavagem cerebral, no decorrer de quase 14 anos, realizado pela mídia monopolista dos coronéis midiáticos, que desde a terceira década do século passado estão envolvidos em todo tipo de crimes, sendo que os mais graves são os golpes de estado, geralmente contra presidentes da corrente política trabalhista.
O que o juiz Sérgio Moro faz é um achincalhe medieval. Cerceia testemunhas, prende pessoas que estão a ser acusadas e que não foram ainda julgadas, alia-se à imprensa comercial e privada mais corrupta e golpista do mundo ocidental e age como acusador, principalmente quando se trata do ex-presidente Lula. Os advogados de Lula, que participaram de audiência acontecida ontem, 21/11, tiveram de ser duros para que Sérgio Moro, que é processado por Lula no Brasil e no exterior, conduzisse o depoimento do senador cassado, Delcídio do Amaral, com lisura, isenção e a respeitar o processo legal.
Moro é acusado de muitos crimes, sendo que, além da perseguição canina ao político trabalhista, ele violou o Código Penal e a Constituição ao permitir e dar ordens para que policiais fizessem escutas em mictórios de presos e no escritório dos advogados de Lula, fatos esses que em um País civilizado e com tradição democrática, afastariam sumariamente o juiz de primeira instância da Lava Jato, bem como ele seria processado, julgado e, quiçá, preso, além de perder o cargo para o bem do serviço público.
Eu sei que o Brasil é um republiqueta bananeira cheia de coxinhas analfabetos políticos, ferozmente preconceituosos e politicamente conservadores. Eu sei que neste País vive e mora uma burguesia branca, cucaracha, racista, egoísta, violenta e colonizada. Eu sei que aqui, na Terra Brasilis, vive uma classe média que comemora a prisão de um ex-governador acusado de corrupção, como o Sérgio Cabral Filho, mas que não move uma palha e não grita um "ai" para impedir que as estatais brasileiras sejam vendidas e que os programas sociais, ao invés de serem extintos, sejam preservados e até mesmo ampliados.
Temos no Brasil um monte de "Moros" analfabetos políticos e com curso superior, mas com nenhum compromisso com os interesses da Nação, tanto no âmbito econômico quanto no âmbito social. É inacreditável que nenhum promotor ou procurador, por mais alienado e reacionário que seja, não conteste com firmeza as ações do governo de *mi-shell temer, que está a vender o País, a desmontar o Estado e, irresponsavelmente e criminosamente, a esquartejar a Petrobras e suas subsidiárias, por intermédio do "feirão do Pedro Parente", o demente do fundamentalismo de mercado, a incluir também o Pré-Sal, de forma que o Brasil fique sem o controle da cadeia produtiva de petróleo, gás e outros derivados.
Trata-se de um governo de direita (PMDB/PSDB/DEM/PPS) tão canalha e traiçoeiro, que mata no nascimento as gerações futuras, porque as atuais já estão com seu futuro seriamente comprometido. Por sua vez, a Justiça e o MPF não tem nada a questionar quanto à entrega do presente e do futuro da Nação brasileira por parte dos golpistas, a impedi-la de se desenvolver e ser independente, a se valer do "economês" dos tempos de FHC — o Neoliberal Golpista I — para roubar e vender o Brasil.
O "economês", amplamente divulgado pelos jornalistas e "especialistas" de prateleiras da imprensa meramente mercantil, tem a finalidade de causar confusão, dúvidas e dar uma "satisfação" ao público sobre o porquê de ele estar sendo roubado sem vaselina, pois já domesticado pela lavagem cerebral midiática, que tem a finalidade de fazer com que o cidadão, que está a ser roubado considere normal o Brasil ficar sem suas estatais e as riquezas geradas por elas, para que a gringada malandra e esperta usufrua tudo isto em forma de bilionárias remessas de lucros, que vão gerar emprego no exterior ao invés de criá-los no Brasil.
Evidentemente que um coxinha diria: "Venda para acabar com a corrupção". Como se capitalistas estrangeiros e brasileiros não fossem corruptos, ainda mais a explorar riquezas de outras nações. Contudo, respondo: "Empresa estatal dos portes da Petrobras, do Banco do Brasil, da Eletrobras, da Vale do Rio Doce e da Telebras não se vendem, porque importantes e insubstituíveis para que o Brasil possa se desenvolver. Ou você acha que é a Globo que desenvolverá o Brasil, com o "Criança Esperança", a Fundação Roberto Marinho, o Faustão, o Luciano Huck, as telenovelas de péssima qualidade e o sedicioso e golpista Jornal Nacional?
A verdade é que os coronéis midiáticos sempre viveram do dinheiro público, inclusive com privilégios e favorecimentos indevidos concedidos por políticos no poder, como agora acontece por intermédio do traiçoeiro mi-shell temer, que aumentou, vergonhosamente, a grana de publicidade para as empresas midiáticas que apoiaram o golpe criminoso de estado contra a presidente constitucional e legítima, como o é Dilma Rousseff, que recebeu do povo brasileiro 54,5 milhões de votos, que foram criminosamente invalidados.
Considero que os magnatas bilionários de imprensa deveriam, urgentemente, fazer propaganda em suas mídias em prol da desestatização ou da privatização de suas empresas, pois, como asseverei, elas são sustentadas pelo dinheiro público há muito tempo. E não é pouco dinheiro; é muito. Essa gente dos oligopólios midiáticos é tão competente como os empresários das teles privatizadas, as campeãs de reclamações do povo brasileiro, que, além de serem socorridas como o foi a incompetente OI, não cumprem com os contratos de expansão de seus serviços, por exemplo, com a cumplicidade perniciosa da Anatel.
Aliás, diga-se de passagem, as agências não servem para nada, a não ser infernizar a rotina dos trabalhos das empresas estatais deste País, pois o propósito real é defender os interesses do mercado privado, seja em que segmento ou setor que assumiu os ativos da empresa pública, mas que para ter lucros maiores necessita burlar as regras do País e do mercado. As agências são invenções de tucanos de má-fé dos tempos das privatizações do Governo FHC.
As agências reguladoras são, na verdade, as "advogadas" das estatais privatizadas, porque, se pararmos para pensar, qual é a finalidade da Agência Nacional do Petróleo (ANP) se a Petrobras tem o monopólio do petróleo? Só se for para fazer o jogo da iniciativa privada, que adora dinheiro público, lucrar ao máximo e socializar os prejuízos com o contribuinte, como acontece agora com a telefônica OI, dentre muitas outras empresas, que se beneficiaram da "doação" do dinheiro e do patrimônio públicos.
Cadê o MPF e a Justiça? Ah, entendi, não é o governo do PT que está a salvar a OI e outras empresas, como a "Abril" e o "Estadão", que venderam grande parte de seus ativos e estavam em regime quase falimentar. O dinheiro concedido para salvar os falidos do mundo corporativo privado foi autorizado pelo político, minúsculo, *mi-shell temer. Ah, se fosse o Lula ou a Dilma a socorrer os incompetentes da OI ou da iniciativa privada em geral...
Certamente diriam que os dois ex-mandatários são corruptos e por isso receberam propinas ou que foi a mando do Lulinha — o filho do Lula. Tudo pertence ao filho do Lula e nada é dos filhos do FHC, do Alckmin, do Serra, do Richa, do Neves etc. Pelo menos para os "intocáveis" do Judiciário seletivo e partidário, que desconhece a isenção e despreza a Constituição, afinal tratamos de togados seletivos, que permitiram a efetivação de um golpe contra o Brasil e liderado pelo malfeitor, Eduardo Cunha, que, no decorrer de quase um ano, ficou livre para derrubar Dilma Rousseff, com a cumplicidade do STF. Porém, a culpa é do Lulinha. O pior é que os paneleiros tresloucados de amarelo iriam acreditar e correr às ruas como autênticas doidivanas. Durma-se com um barulho desse.
Não se vende patrimônio público em nome do combate à corrupção, ainda mais quando se trata de empresas estratégicas da importância da Petrobras ou da Eletrobras. Prendem-se os corruptos e os corruptores. Não são as empresas que roubam. Quem rouba são os ladrões. Pedro Parente, José Serra, Aécio Neves, *mi-shell temer et caterva, dentre muitos outros, deveriam estar presos, a começar por terem recebido altas somas por meio de propinas, conforme afirmam os delatores da Lava Jato. Parente, então, que já afundou várias empresas, deveria ser sumariamente demitido, investigado e, se for o caso, preso.
Uma das acusações das inúmeras contra o Parente seria a de crime de lesa-pátria, que é tipificado pela Lei brasileira. Não é possível que esse sujeito sem autoridade política, sem um único voto, que assumiu cargo tão importante por meio de um golpe, seja o (ir)responsável pela entrega da Petrobras, empresa que refina o petróleo e passará a não ter como distribuí-lo, pois o incompetente e entreguista Pedro Parente vendeu a BR Distribuidora, além da Liquigás e do gasoduto Nova Transportadora Sudeste (NTS), tudo a toque de caixa, em apenas cinco meses à frente da Petrobras.
Parente, o mão de tesoura, o fundamentalista do mercado, o fanático do capital é um sujeito muito perigoso para a sociedade brasileira e, consequentemente, deveria, como aconteceu com o Sérgio Cabral Filho, ser imediatamente preso. Trata-se de um pau mandado das oligarquias brasileiras, das corporações internacionais e homem de confiança do golpista José Serra, aquele dos R$ 23 milhões em propinas depositadas no exterior, de acordo com a Lava Jato, que até agora, por causa da conduta do juiz Sérgio Moro e dos procuradores Deltan Dallagnol e Carlos Fernando, ainda não foi convocado para dar um simples depoimento quanto mais ser preso ou afastado do Itamaraty pelo golpista mi-shell temer, um usurpador do poder muito menor do que o tamanho do Brasil, consoante as palavras verdadeiras e observadoras de Dilma Rousseff.
Entretanto, o Judiciário é também, sem sombra de dúvida, protagonista do golpe, pois o principal responsável, junto com a imprensa alienígena, pelo hediondo crime de lesa-pátria, que lhe passa pelas ventas, só que essa gente cúmplice de inominável patifaria está a se preocupar com suas carreiras, seus altos salários, que humilham o trabalhador que ganha salário mínimo, além de aparecer nos jornais da imprensa da casa grande corrupta e que, por intermédio de sua porta-voz, as mídias monopolizadas e cruzadas, massacram seus inimigos políticos e moem reputações, em nome da "liberdade" de imprensa.
A "liberdade", obviamente, somente para a imprensa de negócios privados falar sozinha, blindar seus aliados e censurar aquele que não lê por sua cartilha, a impedir o acusado ou agredido de se defender no mesmo espaço e tempo, afinal no Brasil o setor midiático não é regulamentado, como acontece nos países civilizados e em países emergentes, como a Argentina. Como temos no Brasil uma "elite" bárbara, selvagem e super atrasada, que jamais pensou o Brasil, temos também uma sociedade vítima de golpes e que jamais será desenvolvida e justa, mas violenta e sectária, como realmente ela o é.
Como os procuradores e juízes não percebem que o governo do traidor e usurpador *mi-shell temer é um governo de malfeitores, um staff composto por indivíduos golpistas, que respondem a dezenas de processos e estão diretamente ligados aos crimes investigados pela Lava Jato, não somente a ter a Petrobras como origem da corrupção, mas também outras estatais, como o Porto de Santos, a Lista de Furnas, o Banestado (escândalo conhecidíssimo pelo juiz Moro e o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima), o Mensalão do PSDB, o Trensalão e o Metrozão de São Paulo, sendo que o maior e incomparável escândalo foi a Privataria Tucana, quando os demotucanos venderam mais de 60% do patrimônio público e não construíram sequer uma escola técnica. E os procuradores e juízes de braços cruzados. Exige-se respeito sem se dar ao respeito.
Sérgio Moro, depois de tudo o que aconteceu, a exemplo dos áudios de Lula vazados, as invasões de sua empresa de palestras e da casa de seus filhos, o vazamento de contas bancárias e sigilos telefônicos, o sequestro de Lula para o aeroporto em São Paulo e levado de forma coercitiva, as acusações midiáticas a Lula feitas por procuradores obsessivos, com o apoio de Moro e a apresentação de um ridículo powerpoint de caráter escandaloso, opressivo e sem provas, além das acusações sem quaisquer provas contra Lula sobre o sítio de Atibaia e o triplex de Guarujá.
Além disso, vale relembrar, ocorreu o absurdo e criminoso grampo no escritório dos advogados do ex-presidente Lula, além do incomparável, em termos criminais, vazamento do áudio da conversa entre a presidente Dilma e o Lula, pois a intenção era impedir que o político do Partido dos Trabalhadores fosse nomeado chefe da Casa Civil, o que de fato aconteceu para o regozijo do político Sérgio Moro, do PSDB do Paraná.
Para concluir, ainda teve as maledicências sobre os presentes de Lula, porque, no fundo, esses togados consideram que um homem de origem pobre não tem o direito de receber homenagens e presentes do povo e de autoridades estrangeiras e brasileiras. O FHC pode, mesmo quando ele passou a sacolinha junto a empresários, em pleno mandato, para poder construir o instituto iFHC, além de nunca ter sido importunado por causa de seus presentes. E os juízes, os procuradores e os delegados acham que todo mundo é idiota, talvez porque equivocadamente consideram que o povo ou parte dele não vê os dois pesos e as duas medidas praticados por "justiceiros". Só que vê, percebe e compreende! Ponto.
Foi muito duro para essa gente de ideologia coxinha ver o povo brasileiro melhorar de vida e ainda ter de ficar sobressaltado com a possibilidade de Lula se candidatar a presidente em 2018, sendo que o líder trabalhista lidera todas as pesquisas eleitorais. Moro e seus pitbulls do MPF e da PF têm de agir rápido, de modo que Lula seja condenado mesmo sem ter cometido crimes, e, com efeito, afastado da corrida presidencial, a deixar livre o caminho para o candidato do PSDB, que, após assumir o poder central por meio de um golpe bananeiro, poderá, enfim, reconquistar a cadeira da Presidência da República por causa da destruição do PT e do afastamento forçado de Lula da política nacional.
O PSDB e seus comparsas poderão, definitivamente, transformar o Brasil em um gigantesco fazendão e, por conseguinte, fazer deste País um exportador de produtos primários, realidade brasileira antes de o presidente e estadista Getúlio Vargas assumir o poder em 1930, e, posteriormente, industrializar o Brasil. Afinal, a casa grande escravizou seres humanos por 388 anos. Plantou cana de açúcar e café, criou gado e garimpou ouro, mas ganhou dinheiro mesmo com o tráfico de escravos. E como!
É desta questão histórica, sociológica e antropológica que desde seus primórdios se origina o individualismo, o egoísmo, a violência e a perversidade da sociedade brasileira, principalmente de suas atrasadíssimas oligarquias urbanas e rurais. Sem sombra de dúvida. O Brasil foi o País que mais traficou seres humanos em números absolutos — cerca de seis milhões —, sendo que no fim do sistema de comércio de escravos, 60% dos cativos eram crianças. Só para registrar e se ter uma ideia de saber com qual burguesia o povo brasileiro está a lidar e a se meter para enfrentá-la, se tiver coragem. A casa grande e a senzala estão no imaginário coletivo do povo do Brasil, como tatuagem na pele ou na carne. Inesquecível, pois imortal.
Por isso a explosão de todo tipo de preconceitos dos coxinhas (ricos e classe média) em suas micaretas travestidas de protestos. Pediram até por uma ditadura militar, mas são tão inconsequentes, irresponsáveis e despolitizados, que mal sabem que em uma ditadura militar jamais teriam condições de ocupar as ruas para fazer manifestações, porque, obviamente, seriam duramente reprimidos pela força bruta policial, além de suas lideranças serem presas e torturadas. Quanta ignorância sobre história, ditadura e democracia...
Abriram a caixa de Pandora de preconceitos enraizados, mas adormecidos. Perderam a vergonha, o pudor e expuseram suas miserabilidades humanas com terrível orgulho e soberba. E deu no que deu: mais um golpe de terceiro mundo, fruto do sectarismo de classe social e do racismo da burguesia e da pequena burguesia. A corrupção foi motivo para essa gente ir às ruas. É verdade. Por sua vez, o motivo principal não foi a corrupção, mas, evidentemente, a intolerância com a melhoria de vida dos mais pobres.
Se a corrupção fosse o motivo principal dos coxinhas, mi-shell temer na estaria no poder, Moro seria cobrado para NÃO ser seletivo e parcial, os tucanos de São Paulo não governariam mais o Estado, e os juízes do STF teriam de exigir que os juízes de todos os tribunais fossem isentos e justos, inclusive o condestável Gilmar Mendes, do PSDB do Mato Grosso. O juiz Sérgio Moro representa simbolicamente e historicamente o Brasil da República do Café com Leite. Moro e seus asseclas têm a cara de 1932. Moro é o feitor das grandes corporações e das oligarquias brasileiras. Os verdadeiros ricos, a plutocracia, a quem o Judiciário tem servido.
Na audiência, o cassado Delcídio Amaral não confirmou quaisquer crimes imputados a Lula. Ele disse que "ouviu falar" de casos sobre Lula, sendo que, conforme reconheceu Delcídio, o delator, Lula nunca deu-lhe intimidade para falar, por exemplo, sobre questões da Petrobras e muito menos tecer comentários sobre Paulo Roberto Costa, Renato Duque e a "compra" do silêncio de Nestor Cerveró.
A verdade é que se trata de ex-servidores de carreira da Petrobras, que já tinham esquemas montados de corrupção desde os tempos de Sarney, Collor e FHC, que a PF, o MPF e a Justiça nunca, até então, tiveram o trabalho de descobrir. Delcídio trabalha em prol de seus interesses, de sua liberdade. Trata-se de um delator medroso, acostumado a viver com conforto e opulência, que usou o nome de Lula para atender os anseios e os interesses da Lava Jato, interessada em implicar o Lula como "chefe de quadrilha". Delcídio quando viu o caldo engrossar para o seu lado piou igual a pinto com medo de chuva forte.
A verdade é uma só: o juiz Moro vai julgar e condenar o ex-presidente Lula. Vai condená-lo sem provas e sem dor de consciência, pois nunca a teve, afinal compromissado com o lado que assumiu o poder por intermédio de um golpe de estado, especialmente no que diz respeito aos tucanos do PSDB, porque tem os do DEM e os do PPS. Moro, propositalmente ou não, atendeu aos anseios dos golpistas da política e das mídias privadas.
Nada anda sozinho. Está tudo entrelaçado, em um consórcio de direita: Justiça, MPF, PF, imprensa, empresários e Congresso, notadamente os políticos do PMDB, PSDB, DEM e PPS, que tomaram o poder de assalto para impor o fracassado programa neoliberal rejeitado quatro vezes pela maioria do povo brasileiro, transformar o Estado em mínimo, vender o patrimônio público e, se for possível, fugir da cadeia. Porém, todo mundo sabe, até os recém-nascidos, os mortos, os marcianos e os coxinhas despolitizados e tresloucados: "tucano preso não vem ao caso". É isso aí.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popularAssine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247