Abusos, nulidades, destruição e o caos como legado



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Sob o título “Vazamento seletivo...” o jornalista Rafael Neves me colocou para pensar cobre o método da operação Lava-Jato e os seus impactos na Economia, no Direito e na Política.

Os procuradores e Moro, todos nus em praça pública, abusaram de suas posições, praticaram ilegalidades, nulidades processuais, são sócios da destruição e legam o caos ao Brasil.

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Vamos lá... Só em 2015 o método da operação tirou 142,6 bilhões de reais da economia brasileira, o equivalente a uma retração de 2,5% do PIB, segundo estudo da consultoria GO Associados.

O método da Lava-Jato foi determinante para a queda abrupta das atividades das empresas investigadas pela operação e a consequência imediata foi o fechamento de fechou inúmeros postos de trabalho. Estima-se em quase 3 milhões de trabalhadores demitidos em razão da irresponsabilidade dos protagonistas do caos.

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Os paladinos da moralidade deram de ombros para o fato de que a PETROBRÁS chegou a fazer investimentos que representaram 2% do PIB e o conjunto das empreiteiras envolvidas pela operação realizavam investimentos da ordem de 2,8% do PIB.  

Os irresponsáveis paladinos desprezaram o fato de que a Petrobrás e as grandes empreiteiras tinham enorme influência sobre o resultado econômico global era muito significativa e, a partir de Curitiba, tornaram público o todos já sabiam e destruíram o país.  

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Os imbecis de Curitiba não se deram conta que os investimentos do setor de óleo e gás, como proporção do PIB, chegaram a alcançar 19,5%, em 2010.

O IPEA afirma que a “Operação Lava-Jato” provocou a desorganização da cadeia de óleo o gás e contribuiu para o crescimento do desemprego do país.

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Desde o início do espetáculo patrocinado pelos Procuradores de Curitiba somente na indústria naval, que havia sido recuperada, o número de trabalhadores empregados caiu de 83 mil, no governo Dilma, para estimados 30 mil em meados de 2017.

Quando a Lava Jato foi deflagrada, em março de 2014, o IBGE apontava taxa de desemprego no Brasil de 7,1% no trimestre encerrado naquele mês. Eram 7 milhões de desempregados, hoje, a taxa no período encerrado em junho chega a 13%, há mais de 13 milhões de desempregados no país. A fake moralização patrocinada pela Lava-Jato e seu método criminoso agravaram o desemprego.

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Apresentados esses dados à crítica do leitor, os quais tomo tais dados como ponto de partida, passo a análise Política e Jurídica.  

Tanto na Itália, quanto no Brasil as operações “Mãos Limpas” e “Lava-Jato”, respectivamente foram geradoras de caos político e econômico e por isso pergunto: os senhores Procuradores da República avaliaram responsavelmente essas consequências devastadoras? Pensaram nas consequências nefastas do método por eles utilizado?  

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Pensar nas consequências seria possível através da instrumentalização da chamada “Análise Econômica do Direito”, metodologia que usa ferramentas próprias da economia às normas jurídicas, reinterpretando o ordenamento jurídico em conformidade com as escolhas racionais para que se efetivamente compreenda os efeitos daquelas, assinalando também as consequências indesejáveis ou mesmo involuntárias que possam ocorrer.  

A relação entre Direito e Economia foi desconsiderada e as consequências tem sido catastróficas nos campos da Economia e da Política.  

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A “Operação Mãos Limpas”, desencadeada em 1992 por Procuradores Italianos é modelo e método que fascina os senhores Procuradores de Curitiba e Moro

E lá ela [a “Operação Mãos Limpas”] liquidou na Itália os partidos de centro-esquerda (a Democracia Cristã, o Socialista, o Social Democrata) e o partido de centro (o Liberal), deixando livres o partido fascista, Movimento Social Italiano e o Partido República, partidos de direita. Por aqui a Lava-Jato escolheu a direita e a extrema-direita, como confessou o ex-procurador Santos Lima na Globonews.

A ‘Operação Mãos Limpas”, assim como a “Lava-Jato”, politizaram e ideologizaram a sua atuação, no nosso caso com apoio criminoso de um juiz de piso que foi alçado pela extrema-direita à condição de Ministro da Justiça.

A “Operação Mãos Limpas” envolveu a ENI, petroleira estatal que era o centro da economia italiana e os grandes empresários italianos. Por aqui a PETROBRÁS e empresários brasileiros estão no centro das ações e operações.

Na Itália a “Operação Mãos Limpas” quase prendeu o maior político italiano do pós-guerra, Giulio Andreotti, nove vezes Primeiro Ministro, aqui a “Operação Lava-Jato” prendeu o maior líder popular da nossa História, o ex-presidente Lula.

Tanto a “Operação Mãos Limpas” quanto a “Operação Lava-Jato” tem como eixo central a instrumentalização da mídia, produzindo "espetáculos de midiáticos”, com o indisfarçável objetivo de influenciar a opinião pública em favor da relativização de direitos fundamentais em nome do combate à corrupção.

A História documentou que os resultados políticos ao final da “Operação Mãos Limpas” feriram de morte a democracia italiana, pois, como escreveu Motta Araújo, “... o sistema político criado no pós-guerra, a partir da aliança do movimento político de Alcide de Gasperi com o Vaticano, responsável pela extraordinária e rápida recuperação da economia produtiva italiana, que se tornou a 5ª economia do mundo, abriu um VÁCUO de poder que quase leva ao esfacelamento da República, com o Norte (Lega Lombarda) tentando se separar do Sul, o que não conseguiu por pouco. O vazio de poder causado pela liquidação dos partidos políticos tradicionais abriu espaço para aventureiros fora do sistema político, muito piores que os tradicionais políticos” e continua dizendo que “Foi a partir da pista livre de políticos de tradição que surgiu um predador da pior espécie, Silvio Berlusconi, ex-cantor de navio e milionário da TV, que ficou no poder de 1994 a 2011, um finório, depravado e mais corrupto do que os antigos políticos e que só venceu pela falta de adversários, todos eles presos, mortos ou exilados pelas Mãos Limpas”.

Será isso que nos legará na quadra da Política a “Operação Lava-Jato”? Parece que sim.

Na economia a “Operação Mãos Limpas” levou a Itália a uma crise permanente, que dura até hoje, o setor empresarial italiano entrou em decadência porque grandes empresários e suas empresas foram aniquilados, a economia ficou medíocre e sem dinamismo, “traumatizada por centenas de empresários presos ou falidos, acabou a "Dolce Vita" dos brilhantes anos 60 e 70, da esfuziante prosperidade da Via Veneto”, como escreveu Motta Araujo.

A verdade é que tanto na Política, quanto na Economia, a “Operação Mãos Limpas” foi um fracasso, não acabou com a corrupção, apenas criou uma corrupção nova e, ideologizada, pavimentou o caminho para extrema direita.

Será que é isso que queremos para o Brasil?

Apesar dos enormes erros cometidos por Dilma e Mantega na condução da economia, apesar dos efeitos recessivos das políticas de Temer, as consequências da “Operação Lava-Jato” são ainda mais perversas para o país, pois se a recessão elimina empregos e gera tragédias pessoais, quando ocorre a recuperação econômica os empregos voltam, mas a destruição das grandes empresas, causada pelo método da “Operação Lava-Jato”, no mínimo retardará a retomada da economia e a recuperação dos empregos, como aliás temos observado.

O método da “Operação Lava-Jato” é o responsável pelo caos, seus operadores não buscam apenas investigar e apurar ilegalidades cometidas por diretorias de empresas e puni-las, como aconteceu em vários países desenvolvidos, onde  autoridades e executivos são punidos, por aqui o que ocorre é a destruição da capacidade de investimento das empresas e empreiteiras brasileiras, punida tem sido toda sociedade brasileira.

Não se trata, evidentemente, de propor a convivência pacifica com a corrupção, mas de responsável e honestamente, instrumentalizar a legislação e a Constituição Federal com decência, decência que falta aos protagonistas da “Operação Lava-jato”.

A corrupção no Brasil é sistêmica e estrutural, deve ser combatida, investigada, denunciada e os corruptos e corruptores condenados tendo como parâmetro a lei e a constituição.

O pessoal de Curitiba relativizou a legalidade e Direitos Fundamentais, apoiados pela inexplicável cumplicidade do TRF 4, o STJ e o STF, espero que esses Desembargadores e Ministros retratem-se, para não serem sócios do caos legado.

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