Absenteísmo eleitoral

À primeira vista, isso não teria qualquer importância, mas num país de democracia juvenil e de voto obrigatório os ingredientes pedem uma reflexão



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O pleito realizado no dia 5 de outubro de 2014 para os diversos cargos no Brasil, depois de 26 anos em vigor a Constituição Federal, indica uma leitura precisa, concisa e objetiva sobre o desencanto do eleitor.

O absenteísmo foi gigante, jamais visto desde 1998. Cerca de vinte por cento dos eleitores não foram às urnas, nulos e brancos consubstanciam um universo de mais de 30 milhões de votos não levados a efeito pelo eleitor cidadão.

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À primeira vista, isso não teria qualquer importância, mas num país de democracia juvenil e de voto obrigatório os ingredientes pedem uma reflexão.

Há um enorme divórcio entre o eleitor e sua representatividade, o corpo técnico dos candidatos não expressa uma coerência, talvez por falta de opção caminham na direção da candidatura sem propostas ou por favores políticos partidários.

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A situação é bastante grave e quem quiser ganhar o segundo turno precisa convencer ao eleitor faltante ou que anulou ou votou em branco que a via do voto é fundamental para as mudanças, mesmo que estranhas à sua classe social.

Esmagada e destratada, a classe média patina sem um projeto e evidente planejamento, já que o arrocho salarial também perde seu campo por causa da tabela do imposto de renda não reajustada e acentuada inflação.

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De 143 milhões de eleitores tivemos um não voto de mais de trinta milhões, pressuposto indicativo que se reporta ao movimento de junho de 2013, de mudança, reforma, e alteração do modelo atual, já que se penaliza a produção e se eleva a taxa de juros para o custeio do endividamento interno.

Ao lado disso, candidatos despreparados ganham e preparados perdem, é um absoluto non sense, já que a omissão grande do Estado nas suas funções primordiais levou que pessoas ambicionassem, sem ter preparo, alcançar cargos públicos.

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O nepotismo, deve ser revisto, não podem os interessados aumentar seu parentesco familiar ou buscar por esse meio o domínio político do mercado, o tempo é o senhor da razão, assim aos 70 anos de idade a aposentadoria compulsória é fundamental, ao lado disso, depois de dez anos, seria obrigatória a saída da vida pública para não se tornar um profissional do voto.

Derrubados e derrotados alguns currais eleitorais, no mais continuam as mesmas nebulosas perspectivas de futuro.

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A reforma é inadiável e deve ser buscada à exaustão a partir de janeiro de 2015, independente de quem vencer as eleições.

Faltam educação, transporte, saúde e cultura à altura da nossa economia, o mercado ainda desconfia e o estado babá deve ter seu fim.

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Os próprios americanos findaram o welfare state, e a Europa igualmente.

Refletindo tudo isso, a desesperança é grande, o descrédito enorme, que possamos almejar a partir de 2105 um novo Brasil, com a classe política ciente e consciente que o seu distanciamento do povo enfraquece a democracia e o voto obrigatório é um divisor de aguas que não resulta na redução das graves crises econômico-sociais.

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