Abram o olho, cidadãos brasileiros: o comunista é Bolsonaro!

"Bolsonaro está implantando no Brasil um governo de maldades, desigualdades, revisionismo, proibições, segredos seculares e exceções. Justamente o que ele diz que o Comunismo é", escreve Hildegard Angel, do Jornalistas pela Democracia

(Foto: Reprodução)


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Por Hildegard Angel, do Jornalistas pela Democracia

Como se sabe, os ardilosos comunistas sempre escondem suas más intenções. Dizem que são bondosos, que amam o povo e os pobres e que, se chegarem ao poder, vão proporcionar bons empregos e boa qualidade de vida, igualmente para todos, que não haverá fome, todos terão um teto para chamar de seu, e que o trabalhador no comunismo é sempre valorizado e protegido. Eles, os comunistas, também amedrontam o eleitor, alertando contra o domínio imperialista sem coração nem compaixão. 

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Bolsonaro se elegeu, seguindo essa cartilha marxista de A, de ardiloso, a Z, de valoriZado. E como bom comunista-marxista-trotkista-ching ling não está cumprindo o que disse. 

A primeira coisa que fez foi direcionar os fundos e privilégios do estado brasileiro para contemplar os membros do Politburo, no Planalto, formado por ele e os generais, e os do Comitê Central, integrado por ministros, congressistas, procuradores e juízes amigos-de-fé, pastores evangélicos irmãos-camaradas. 

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Assim, os generais têm salários às alturas, 100 mil reais pra cima, bem como os altos ganhos dos demais do Comitê estão garantidos por cartões corporativos infinitos, bilhões em emendas etc.

Seguindo o bom exemplo do seu país co-irmão, a Coréia do Norte, e de suas saudosas irmãzinhas, União Soviética e Alemanha de Hitler (que, como vocês sabem, era nazocomunista), Bolsonaro tratou de armar toda a população e mandar a pirralhada para uma rede nacional de colégios militares, criada por ele. 

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Lá, elas aprendem a História do Brasil, reescrita pelo historiador catedrático General Heleno, aprendem a se voltar para a Bandeira do Brasil, com a mão espalmada sobre o coração, quando toca o Hino Nacional, e a conhecer de cor e salteado todos os hinos e marchas, tais como a Canção do Exército Brasileiro, a Canção da Infantaria, a Canção Fibra de Herói, a Canção do Especialista, a Canção da Artilharia, a Canção da Brigada Militar, a Canção Do Expedicionário, a Canção do Paraquedista, a Canção da Cavalaria, o Cisne Branco, a Marcha do Corpo de Bombeiros, entre outras.

Há também as aulas de dança, em que as crianças aprendem um épico do bolsonarismo, a Dancinha da Campanha (“Bolsonaro, Bolsonaro, 17 é Bolsonaro”, lembram?), todas vestindo camiseta amarela com o rosto do Grande Mestre estampado no peito. O hit atual da pirralhada são as dancinhas do Tik Tok, em que a maior referência é o filho 04, com bigodinho de Hitler e coreografias “mara”, como a do hit Não, Não Vou, e os tutoriais do YouTube, com músicas de  MC Don Juan, MC Davi, MC Pedrinho e de MC outros.

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Essa profícua iniciação musical da juventude bolsonarista comprova o quanto esse governo é preocupado com a cultura, apesar das calúnias, injúrias e difamações de seus detratores.

Para evitar o gayzismo, o pretismo, o mulherismo e o intelectismo, Bolsonaro ordenou o fim das universidades públicas, onde o pensamento é estimulado, o conhecimento é difundido, os preconceitos são superados, o que no comunismo não pode, pois é sabido que todo mundo é burro, bicha, sapatão e preto na Venezuela e em Cuba – países que praticam o chavismo e o fidelismo, e não o comunismo branco, corrente de Bolsonaro. 

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Outra providência, esta para gerar empregos, foi o fim da CLT, Conjunto de Leis Trabalhistas, que Getúlio Vargas criou para sacanear aqueles que empregam e, assim, impedi-los de ganhar mais ainda e empregar ainda mais, o que causava o enxugamento do mercado de trabalho. Assim, multiplicam-se os entregadores de Uber, os ambulantes, os mendigos profissionais, enfim, os microempreendedores individuais do Brasil, classe empresarial cada vez mais pujante.

Como os brasileiros estão obesos, de tanto comer só miojo e pão de véspera, Bolsonaro inaugurou a dieta oficial, inspirada no Jejum Intermitente muito em moda no Instagram. A do governo é a do Jejum Interminável, e a barriga do povo brasileiro está cada vez mais negativada, sem precisar gastar com academias. O pessoal faminto aplaude, principalmente a classe dos pobres de direita, cujas filhas sonham em ser modelo de passarela ou influenciadora digital, pra ganhar muito dinheiro e comprar casa própria, que os chavistas e fidelistas pretendem um dia confiscar.

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O fim do SUS é outra meta comunista de Bolsonaro para os brasileiros, que, em vez de enfrentar as filas do Hospital públicos, das UPAs e das clínicas de família, irão se tratar apenas nos hospitais Copa Star, Einstein, Sírio Libanês e outros 5 estrelas, já que a COVID terá providencialmente abatido todos os pobres e miseráveis, e só sobrará quem pode pagar bons seguros de saúde.

Mas a cereja do Bolso-bolo é seu plano de segurança pública, estimulando a população a proteger a si mesma, adquirindo seu próprio armamento, e facilitando a aquisição de armas em quantidade pelos valorosos milicianos que, entre outras boas ações, protegem os comerciantes de Ipanema dos facinorosos pivetes di menor, despejando um por um na vala.

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Devidamente armada com fuzis e fardada pelos colégios, a juventude brasileira poderá marchar no feriado do 7 de Setembro, causando inveja e medo ao exército de qualquer país inimigo.

Isso, se o mundo ainda não tiver acabado, conforme preveem os especialistas, com a grande ajuda de Bolsonaro e sua eficiente queima total das florestas e matas brasileiras. 

Bolsonaro está implantando no Brasil um governo de maldades, desigualdades, revisionismo, proibições, segredos seculares e exceções. Justamente o que ele diz que o Comunismo é. 

O demônio tem muitas caras.

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