ABCD da política

Se Brasil e Argentina não aprenderem a ter uma democracia transparente e livre da corrupção sistêmica, jamais chegarão perto do Chile e ficarão distantes séculos da Alemanha



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Quatro mulheres, quatro estilos diferentes e quatro ideologias que, de alguma forma, influenciam seus Países e a economia globalizada.
Tratam-se de Angela Merkel (A) da Alemanha, Michelle Bachelet (B) do Chile, Cristina Kirchner (C) da Argentina e, por último, a não menos importante Dilma Rousseff (D) do Brasil.

Exceção feita à primeira que se mobiliza na Europa, pelas funções do Banco Central Europeu e comanda, juntamente com os EUA, a dura e sangrenta guerra fria em desfavor da Rússia, pelos acontecimentos na Ucrânia, as três outras trabalham na América do Sul e tentam impor regras particularizadas para que seus países tenham crescimento, desenvolvimento e não se furtem aos pactos de uma economia que, a todo o instante, pedem blocos internacionais.

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O Chile é o maior exemplo, com saídas para o Atlântico e Pacífico, tem feito seu dever de casa, e se empenha em revolucionar a educação, dando uma política de diretrizes básicas, no propósito de proporcionar à maioria da polução estudo gratuito.

Dessa forma, portanto, embora pequeno, o Chile também enfrenta as vicissitudes da queda de preços do cobre e reduziu o valor da moeda para poder fazer face à concorrência de outras Nações.

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A Alemanha sofre sobressaltos na economia quando o crescimento esmorece e precisa encontrar uma alternativa para toda a Economia Europeia, com a presença do novo governante na Grécia e as discussões com a Itália, assim, tanto França, mas também Alemanha, regozijam-se de serem economias ricas, porém, com o forte endividamento das Nações vizinhas, um trabalho que vem sendo feito há quase cinco anos, cujos resultados ainda não empolgam, mas já mudam o seu roteiro, ao menos sinalizando recuperações de Portugal e Espanha.

Assinaladas as posições vantajosas e de vanguarda da Alemanha e Chile, respectivamente, o que veremos daqui para frente ressoa um problema sério, crítico, que agudiza em toda a América do Sul.

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A Argentina experimenta forte recessão, tem problemas com os fundos internacionais, não consegue fazer rolar sua dívida e, o pior, o peso contraído depois de fortes desvalorizações, na iminência das eleições e candidaturas que pretendem incorporar reformas no País e dar um salto de qualidade.

Esse problema respinga no Brasil, eis que o comércio entre ambos cai vertiginosamente e não conseguimos mais exportar manufaturados, veículos, máquinas e equipamentos, com déficit na balança comercial.

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A situação do Brasil não é nada animadora, o dólar bate quase na casa de três reais, a maior cotação dos últimos anos, e a indústria tem os percalços da falta de incentivos e um crescimento vegetativo, comércio reclama na baixa das vendas e a concorrência do comércio eletrônico, talvez o setor de serviços é o que mais guarda consonância com o aprimoramento de sua atividade.

Forte abalo entre Brasil e Argentina, sem respingar no Chile e muito menos eclodir na forte Alemanha, essa política governamental não pode ser restrita aos problemas domésticos, mas espalhar seus efeitos para um comércio de tratados internacionais, de negócios e troca de tecnologia constante.

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Acaso permaneçamos sem o mínimo do ABCD da política, estaremos naufragando no pior dos mundos, e não encontraremos forças para salvaguardar o patrimônio das nossas empresas, em particular as estatais, vivendo hoje o dilema entre a vontade do controlador e, doutro, as esperanças dos investidores e minoritários, abalados e sacrificados pela ausência de dividendos e o fardo pesado que assola o desdobramento sobre a apuração de mega corrupção envolvendo os tentáculos do poder.

Resumo de tudo, se Brasil e Argentina não aprenderem a ter uma democracia transparente e livre da corrupção sistêmica, jamais chegarão perto do Chile e ficarão distantes séculos da Alemanha.

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E, sendo assim, ambas C e D, Cristina e Dilma têm baixos índices de aceitação nas pesquisas, ainda que se dediquem às classes de baixo poder aquisitivo, enquanto Merkel e Bachelet usufruem alta popularidade local e internacional, cabe, pois, à reflexão sobre a governabilidade e as metas planejadas que arejam toda a sociedade, e não apenas algumas classes, repercutindo negativamente em todas, indistintamente.

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