A volta à Idade Média
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Este governo começou com a ideologia da "escola sem partido", depois atacou as disciplinas transversais que discutiam gênero, orientação sexual, etnias fundadoras e agora quer ‘domesticalizar’ a educação infantil, retirando do Estado a obrigação de oferecer aos cidadãos um ensino público laico, republicano e de qualidade. Sobre ser um facilitário que vai custar muito menos aos cofres públicos, este tipo de ensino pode ser extremamente conservador, obscurantista e atrasado.
Há muito tempo que se discute a tese de ser a família um dos aparelhos ideológicos de Estado mais eficientes, sobretudo na primeira infância. Se outra fosse a orientação governamental, a escolarização das crianças começaria muito cedo e em tempo integral. Sabe-se que quanto mais cedo ela for feita, avança a aprendizagem das crianças, pois a socialização escolar é um dos fatores importantes da aprendizagem. Criança quando não vai à escola e fica sozinha em casa tem mais possibilidade de um retardo na fala, na sociabilidade, na escrita, no trabalho de grupo, na disciplina etc. Além, é claro, no tipo de valores morais, familiares, religiosos que podem ser inculcados na criança. Como estamos vivendo uma volta à Idade média e à feudalização dos costumes, como uma influência perniciosa das igrejas neopentecostais na educação pública, imagine-se que espécie de educação pode resultar dessa rusticidade e privatismo familiar.
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