A vitória da política de Lula é irresistível - é o Mandela libertado

"Lula na ruas, hoje, livre, livre, é quem o povo irá segurar nos braços no ano que vem", afirma o deputado constituinte Vivaldo Barbosa sobre a anulação das sentenças de Lula. "A força política do que vivemos hoje vem da necessidade da nação ter um líder que a conduza em meio aos tormentos. É força irresistível", afirma

(Foto: RICARDO STUCKERT)


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Por Vivaldo Barbosa

A força política da vitória judicial de Lula é algo avassalador. Lula agora está solto nas ruas, de posse de seus direitos, como qualquer cidadão, pode fazer política como gosta, continuará pregando e mobilizando o povo brasileiro como sempre o fez.

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O significado de Lula ter seus direitos políticos de volta é o mesmo que teve Mandela após 27 anos preso: a nação reencontra seu líder. O povo sul africano relembra seu herói como advogado nos tribunais, o homem de luta que nunca se entregou, o Mandiba querido que amargou longa prisão, mas que nunca deixou de mobilizar sua gente, a sempre incentivar todos para a resistência.

Lula igualmente amargou 1 ano e 7 meses de prisão, quiseram humilhá-lo, encheram ele de processos, os meios de comunicação a metralhá-lo dia e noite, dia após dia. Mass o povo brasileiro permaneceu a seu lado, e não foi apenas os que estiveram na vigília junto à sua prisão. É o que explica essa pesquisa agora que o dá muito à frente de qualquer outro nome para a Presidência da República. Lula, retirado, em casa, após um ano de pandemia, sem rodar o país, continua na memória da nossa gente absolvido, ao contrário das sentenças de juízes, procuradores, desembargadores farsantes.

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Muitos estão preocupados, especialmente os juristas, que poderá haver algo por trás da decisão do Fachin, algumas intenções ocultas ou algumas consequências malévolas. Pode ser, inclusive estar querendo salvar o Moro e os procuradores de Curitiba de serem julgados por parcialidade e responderem aos respectivos processos. É evidente que toda cautela é necessária, ainda atravessamos terreno pantanoso. Mas algumas questões podem ser consideradas.

O Império não está tão estruturado para fazer o que bem entender em outros países, como sempre o fez, especialmente depois das trapalhadas de Trump, quando deu a mão a gente desqualificada mundo afora, como Bolsonaro. O governo Bolsonaro é um desastre completo, na falta de combate à covid, na economia, na irresponsabilidade, no despreparo e em todos os aspectos da vida do povo brasileiro. As Forças Armadas não estão com sua condição tradicional devido a esses generais incompetentes que cercam o governo, em especial este general que comanda a saúde, desastre completo. Os meios de comunicação não se impõem com a mesma força dos últimos, por tantas inverdades e distorções reveladas.

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A questão que temos diante de nós, hoje, é, acima de tudo, política. Pois foi exatamente política o que fez Moro, os procuradores, os desembargadores, os Ministros. A Republica de Curitiba se esgotou com a eleição de Bolsonaro, esse desastre a que todos assistimos, o mundo hoje já preocupado. Assim como o tiro no peito de Getulio dissolveu politicamente os efeitos da República do Galeão (a Aeronáutica havia igualmente assumido processo de apuração da morte do Major na rua Toneleros, um crime de rua, sem ter competência jurídica), as ilegalidades, arrogância, prepotência dos procuradores, de Moro, dos desembargadores revelados nas gravações conhecidas dissolveram a armação jurídica montada.

O povo respondeu ao suicídio de Getúlio indo para as ruas, quebrou O Globo e outros jornais e rádios pais afora e elegeu Juscelino e Jango no ano seguinte. Lula na ruas, hoje, livre, livre, é quem o povo irá segurar nos braços no ano que vem.

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A força política do que vivemos hoje vem da necessidade da nação ter um líder que a conduza em meio aos tormentos. É força irresistível.

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