A verdade sobre o desemprego nos governos progressistas

Não se pode falsear uma verdade: a situação do Brasil se tornou mais difícil devido a uma inegável crise fiscal. O governo não foi capaz de realizar o ajuste fiscal, não cortou despesas para equilibrar as contas públicas, afetada pela queda na arrecadação tributária causada pela recessão

Desemprego fica em 7,6% em janeiro
Desemprego fica em 7,6% em janeiro (Foto: Pedro Maciel)


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Ainda buscando restaurar a verdade e possibilitar que a versão apresentada como se verdade fosse pelos meios de comunicação conservadores apresento os dados sobre o desemprego de 1995 a 2014.

A imagem haverá de derreter as convicções e certezas que dnormaecorrem das versões, mas que não encontram qualquer relação com a verdade ou com a realidade.

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Uma das versões apresentadas como verdade é a de que estávamos, sob a presidência de Lula e Dilma, com o maior desemprego da nossa história e tudo decorreria dos "gastos irresponsáveis" de "governos irresponsáveis". 

O Brasil está com um desemprego altíssimo hoje, isso é verdade. O quadro abaixo desmente a versão de que os governos progressistas não foram capazes de gerar empregos:

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A verdade é que a crise internacional e problemas internos são causas do desemprego no Brasil. Sim, o desemprego tem causas internas e externas, mas isso não é, levianamente, apresentado pela mídia conservadora.

O Brasil chega superior a 11%, segundo os dados IBGE e os números de março do Caged, do Ministério do Trabalho e Previdência Social, mostram supressão de 1,85 milhão de vagas formais em 12 meses, mas a verdade é que o aprofundamento do desemprego atinge as economias emergentes em geral.

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Mas o caso brasileiro é agravado pelas crises política e fiscal. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) projeta aumento em 2,4 milhões no número de desempregados nas economias emergentes em 2016.

O pesquisador Steven Tobin, do Departamento de Pesquisa da OIT, explica que a deterioração do mercado de trabalho nesses países está ligada à redução do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos em um país).

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Na América Latina e Caribe, a situação é considerada mais grave, com contração do PIB em 2015, ou seja, não é culpa do PT o da Dilma; evidentemente eles têm sua parcela de responsabilidade, mas se as economias emergentes navegaram pela primeira fase da recessão global relativamente bem, elas recentemente experimentaram marcada deterioração nas perspectivas econômicas e do mercado de trabalho e a situação é particularmente crítica na América Latina e Caribe.

As características de alguns países emergentes fazem com que os efeitos sociais do desemprego podem se tornar mais nefastos; particularmente no Brasil, a diminuição da demanda externa, em especial da China, e a queda nos preços das commodities (produtos primários com cotação internacional) como fatores que contribuíram para o aumento da taxa de desemprego.

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E não se pode ignorar também que esse cenário acabou revelou fraquezas estruturais do Brasil, como a baixa produtividade e o erro estratégico de confiar demais na exportação de commodities durante os anos de prosperidade.

Não se pode falsear uma verdade: a situação do Brasil se tornou mais difícil devido a uma inegável crise fiscal. O governo não foi capaz de realizar o ajuste fiscal (nem a reforma financeira como propôs Dowbor), não cortou despesas para equilibrar as contas públicas, afetada pela queda na arrecadação tributária causada pela recessão.

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Além disso, a crise política fomentada irresponsavelmente pela oposição impactou a economia, pois o congresso paralisou as ações que poderiam melhorar o cenário econômico.

Essa é a reflexão. Mas a História, amparada pelo Tempo, haverá de restaurar a verdade e o futura haverá de desnudar, para vergonha dos golpistas, seus filhos e netos, as verdadeiras e mesquinhas razões de seu discurso, afinal "O tempo dá, o tempo tira, o tempo passa e a folha vira", como nos ensina a cultura africana.

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