A única paz possível

Prosperidade, poder econômico, poder militar e resiliência estão hoje no leste

(Foto: Reuters)


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O Brasil fez um inteligente movimento na ONU ao defender uma resolução que propõe a paz imediata entre Ucrânia e Rússia. Por ser parte do BRICS e ter um governo progressista, abriu as portas para ser um protagonista que, se não será o principal sujeito da paz, com certeza conseguirá escancarar as portas do que está por trás desse conflito, em definitivo.

Vejamos os pontos centrais da resolução:

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Seguir a Carta da ONU significa - em primeiro lugar - deslegitimar o governo Zelensky, filho de um golpe de Estado que colocou o leste da Ucrânia em guerra civil. Os graves crimes contra essa população foi ignorado pelo ocidente até o ponto da intervenção legítima da Rússia para defender ”russos que vivem na Ucrânia” e que são a maioria. 

Seguir a Carta da ONU é também restabelecer a democracia abolida pelo atual governo da Ucrânia, infestado por nazistas e forças da OTAN que sonham em quebrar a Rússia, a exemplo do que ocorreu no Afeganistão no final dos anos 70, destituindo agora um governo que, ainda que longe de ser o que já foi a Rússia no seu passado soviético, é um governo contra-hegemônico, ou seja, é um obstáculo para os abusos imperialistas mundo a fora. 

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Uma paz justa e verdadeira significa respeitar o legítimo direito de um povo se auto-determinar. A parte leste da Ucrânia deve ser anexada à Rússia, além de que, caberá à ONU estabelecer a segurança da região, o que significa uma Ucrânia longe de ser membro da OTAN e sem mísseis e armas que poderão ameaçar a segurança das partes beligerantes. 

Ora, se assim for, teremos uma paz que interessa aos russos e ucranianos. Mas é essa paz que o ocidente quer? Sabemos que não. 

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A ideia de uma Rússia se retirando com o rabo entre as pernas do leste ucraniano é uma miragem. Ainda que esse sonho do ocidente fosse realizado, restaria uma guerra civil no leste iniciada anos antes da intervenção russa. Ou seja, entre miragem e sonho, não resta nada de realidade.

O ocidente quer quebrar economicamente a Rússia e derrubar o governo de Putin, para isso está destruindo um país inteiro, a Ucrânia. Não conseguiram até agora e iniciaremos em breve as ofensivas de primavera que terão alto custo humanitário e financeiro. 

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No fim, a Rússia possui mais elementos monetários e fundamentos econômicos para evitar uma recessão com inflação. O ocidente já vive com essas duas chagas e as mesmas serão repassadas aos países em desenvolvimento, que serão impelidos a romper com o padrão dólar em suas economias. 

O plano da OTAN e do imperialismo norte-americano não deu certo. Antes do fim, vemos as bravatas dos líderes europeus querendo legitimar uma guerra cada vez mais impopular. Ou eles aceitam a realidade ou serão ex-governantes de seus países - sendo derrubados por sucessores que, com apoio popular, serão eleitos para normalizar o leste europeu. 

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Caso esse cenário não ocorra, a China vai se envolver na guerra e ninguém no ocidente quer isso. A verdade é que a bola não está mais nesse hemisfério. Prosperidade, poder econômico, poder militar e resiliência estão hoje no leste - em especial na Rússia e na China. Lutar pelo domínio dessa região parece um ato tão lunático como a luta dos europeus nas cruzadas medievais. Isso não é nada bom… parece que o restou ao ocidente é a demência e a irresponsabilidade com o planeta e com os povos que aqui habitam.

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