“A única coisa que essa reforma vai trazer é intranquilidade social”
Para o colunista Alex Solnik, o senador Fernando Collor mostrou nesta noite "que é rico, mas não é burro" em discurso na tribuna do Senado, quando votou contra a reforma trabalhista; “A única coisa que essa reforma vai trazer é intranquilidade social”, disse; para Solnik, "Collor mandou um recado a Temer e a todos os senadores que, acometidos de uma epidemia de insensatez, querem aprovar essa reforma que só tira mais ainda do trabalhador que já ganha tão pouco"
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Na noite desta terça-feira 11, Fernando Collor subiu à tribuna do Senado, que retomou a sessão depois que as senadoras que ocuparam a mesa desistiram do protesto.
Todos sabemos que o senador pertence às classes dominantes, sempre foi um bon vivant, viveu em meio ao luxo, festas, champagne, carros esportivos, ilhas de Seychelles, tudo isso.
Mas hoje mostrou que é rico, mas não é burro.
Honrou a memória do avô, Lindolfo, que foi o primeiro ministro do Trabalho do Brasil e um dos primeiros da elite empresarial a perceber que deixar o trabalhador tranquilo é a melhor maneira de aumentar a produtividade.
Tratando bem o trabalhador, o empresário sai no lucro.
Collor mandou um recado a Temer e a todos os senadores que, acometidos de uma epidemia de insensatez, querem aprovar essa reforma que só tira mais ainda do trabalhador que já ganha tão pouco.
Collor foi sucinto:
“A única coisa que essa reforma vai trazer é intranquilidade social”.
Os trabalhadores brasileiros já ganham pouco e agora vão ganhar menos ainda. Isso está óbvio, o governo não fez uma reforma para beneficiar o trabalhador e sim agradar aos patrões, mas dando um ridículo tiro no pé.
Pagar menos e tirar direitos vai diminuir o consumo, vai diminuir a arrecadação da Previdência e vai diminuir a arrecadação de impostos.
Não é só uma reforma criminosa, é também uma reforma burra.
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