A Ucrânia pede ajuda

Pelo maniqueísmo dos meios de informação do Ocidente, o que ocorre na Ucrânia é um embate entre nacionalistas e rebeldes separatistas. Porém, a resposta não é tão simples assim



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Pelo maniqueísmo dos meios de informação do Ocidente, o que ocorre na Ucrânia é um embate entre nacionalistas e rebeldes separatistas. Porém, a resposta não é tão simples assim, e o que vemos é um país à beira de uma guerra civil.

De acordo com John Pilger – experiente repórter que já cobriu várias guerras -, os Estados Unidos ao trazerem a Ucrânia para seu domínio e provocarem Putin a defender os russo-ucranianos, podem "desencadear uma guerra de guerrilhas que respingue no próprio território russo", ameaçando "arrastar o mundo à uma guerra". E a Ucrânia é o último país fronteiriço da Rússia a ser controlado pela OTAN, como o leste da Europa e os Bálcãs que já foram convertidos.

Depois do golpe de fevereiro deste ano, o país passou a ser governado por uma junta dominada por neonazistas, saudada por Obama como "devidamente eleita". Para os EUA não há limites quando se trata de defender seus interesses estratégicos e econômicos. Auxiliados pela imprensa, estão sempre nos alimentando no ódio ao inimigo da vez: do comunismo para o islamismo; e dos líderes Fidel Castro e Hugo Chávez para Vladimir Putin. Há sempre um alvo.

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No domingo, 25 de maio, os ucranianos elegem seu presidente. O pró-ocidental Petro Porchenko é amplo favorito pelas pesquisas eleitorais. O mundo torce para que a situação se acalme no país. Mas o recente comentário do príncipe Charles comparando Putin a Hitler incendiou ainda mais as já difíceis relações entre o Ocidente e Moscou.

O curioso é que no dia 6 de junho, na França, o monarca inglês, junto aos principais chefes de Estado europeus e o presidente americano Barack Obama, se encontrarão com o líder russo na comemoração dos 70 anos do dia D. Os mesmos líderes ocidentais que apoiaram uma junta dominada por nazi-fascistas na Ucrânia, reúnem-se para celebrar a data do início da libertação do continente europeu da ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Vai entender!

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Pelo recente massacre ocorrido na cidade de Odessa, as esperanças não são muito animadoras para a Ucrânia. Neonazistas ensandecidos trancaram o prédio da Casa dos Sindicatos, ocupada por russo-ucranianos e anti-golpistas, e atearam fogo. A maioria delas foi queimada viva, enquanto a polícia local apenas assistia. "Não entendo por que o mundo inteiro continua em silêncio", disse uma testemunha.

Da mesma forma que o mundo, em silêncio, viu nascer e crescer o nazi-fascismo, em nossa indiferença podemos estar semeando o seu ressurgimento.

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