A torcida brasileira pede passagem

Não é verdade também a afirmação de que o Brasil e os brasileiros não terão nenhum retorno com a Copa. A reforma em aeroportos, portos, as obras de mobilidade urbana e os próprios estádios servirão a todos os brasileiros após a Copa



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Em honra a Zeus, a Grécia se reunia a cada quatro anos na cidade de Olímpia, no Peloponeso, confluência dos rios Alfeu e Giadeo, que a partir do ano 776 a.C. cedeu seu nome aos Jogos Olímpicos. Seu primeiro vencedor, o atleta Coroebus, recebeu como único prêmio e símbolo da vitória uma coroa trançada por folhas de louro.

Quando Jesus Cristo nasceu, disputava-se o 194o Jogos Olímpicos.Interrompidos por séculos e retornando em 1492 pela intervenção do idealista frances Barão Pierre de Cobertin, as comemorações esportivas mantém na história da humanidade um fio mágico com o poder de unir homens e mulheres em torno do desafio de ver seus ídolos locais ou nacionais vencerem.

No Brasil, por mais que se critique a realização da Copa do Mundo, como aconteceu também em outros países, a maioria da população brasileira está a favor do evento. e garantirá que o evento ocorra, esperemos, com o mínimo de atritos possíveis. 

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A campanha contra se dá agourando-se a finalização dos estádios na data prevista ou afirmando-se que o dinheiro utilizado para a melhoria da infraestrutura nacional em vários sentidos, foi mal empregado ou desviado de setores mais importantes. Ou, pior que isso, sugerindo que apenas a Fifa vai lucrar com a realização da Copa no país. 

A constatação do contrário é fácil de se enxergar. A Fifa já recebeu totalmente prontos nove estádios para utilização e realização de evento testes: Brasília – Mané Garrincha, Belo Horizonte –Mineirão, Fortaleza- Castelão, Rio de Janeiro – Maracanã, Manaus – Arena Amazônia,  Natal –Arena das Dunas, Porto Alegre – Arena Beira-Rio, Recife – Arena Pernambuco, e Salvador – Arena Fonte Nova.

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Os três estádios em fase final de conclusão : Curitiba – Arena da Baixada(91% pronto), Cuiábá- Arena Pantanal (95% pronto), São Paulo - Arena Corinthians/Itaquerão (97% pronto), estão com obras a todo vapor para a finalização e já foram também recebidos pela Fifa.

A afirmação de que o governo gasta dinheiro com os estádios, retirando verbas da saúde e da educação não é verdadeira. O investimento em estádios totaliza R$ 8 bilhões de reais, dos quais apenas R$ 4,4 bilhões referentes a financiamentos realizados pelo BNDES retornarão ao cofres públicos. 

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Não existe orçamento da União para as entidades organizadoras da COPA. Os investimentos públicos em portos, aeroportos, e mobilidade urbana são investimentos públicos feitos simplesmente por ocasião e oportunidade da Copa,  não para financiá-la. Seriam feitos com ou sem a Copa. A Copa foi importante por acelerar a decisão destes investimentos.

De 2007 (ano em que o Brasil conquistou o direito de realizar a Copa) para cá, os investimentos em Saúde e Educação cresceram em todos os anos. No período o governo brasileiro destinou R$ 311,6 bilhões para educação e R$ 447 bilhões para saúde. 

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Os recursos federais investidos, entre financiamentos do BNDES  e Orçamento da União, atingem R$ 11 bilhões. Sendo que os investimentos totais, incluídos recursos públicos e privados, atingem a cifra de R$ 25,6  bilhões de reais. Se comparados os recursos podemos concluir que as cifras relacionadas à Copa são bem modestas em comparação aos recursos disponibilizados para a Saúde e Educação.

Não é verdade também a afirmação de que o Brasil e os brasileiros não terão nenhum retorno com a Copa. A reforma em aeroportos, portos, as obras de mobilidade urbana e os próprios estádios servirão a todos os brasileiros após a Copa e não apenas aos turistas. 

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O turismo é um dos setores da economia que mais pode se beneficiar da realização da Copa no Brasil. Entre junho e julho, são esperados 600 mil turistas estrangeiros, segundo o Ministério do Turismo – cerca de 10% do total de visitantes de outros países que o Brasil recebeu em 2013, ano com o maior número de chegada de estrangeiros na história.

O Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) estima que o gasto médio desses turistas será até 42% maior que o normal. Os estrangeiros devem deixar R$ 6,85 bilhões no país nos 30 dias do Mundial, contra R$ 11,8 bilhões gastos pelos turistas de outros países que vieram ao Brasil no ano passado.

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O turismo pode se beneficiar, ainda, da exposição do Brasil na imprensa internacional e da divulgação de destinos que ficam fora da rota das 12 cidades-sede, segundo especialistas.

As estimativas para a Copa do Mundo apontam impactos econômicos em torno de R$ 183 bilhões. Segundo estudo da Ernst&Young, somente os  setores de turismo e serviços devem colocar em movimento cerca de R$ 142 bilhões na economia brasileira entre 2010 e 2014. Comparado com o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do último ano, a riqueza gerada pela Copa equivaleria a 2,9% do PIB de 2013.

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Com a Copa os brasileiros foram beneficiados com a criação de 332 mil empregos permanentes entre 2009 e 2014; e apenas em 2014, cerca de 381 mil empregos temporários foram criados. A Copa do Mundo rendeu cerca de R$ 280 milhões em negócios para micro e pequenas empresas. Até o final do evento a expectativa é que o faturamento chegue a R$ 500 milhões, segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

O aumento no faturamento equivale a 0,07% do que o setor movimenta ao ano: R$ 700 bilhões, de acordo com o IBGE. As microempresas são estratégicas para a economia do País, uma vez que são responsáveis por 20% do PIB e cerca de 60% dos empregos, segundo o Sebrae.

Estudos internacionais sugerem que há ganhos não mensuráveis relacionados a grandes eventos como a Copa do Mundo, como a melhoria da autoestima da população e da imagem do país no exterior, o que, indiretamente, pode influenciar em ganhos em turismo nos anos seguintes.

Dependendo do sucesso dos jogos e de como conseguir capitalizar essa imagem positiva, o país terá benefícios por muitos anos. A boa imagem lhe renderá, por exemplo, um incremento na atividade turística, e na atração de investimentos 

Falando sério, o que há de mal nisso tudo? Obviamente, em todo grande evento corremos o risco de desvendarmos nossas fragilidades, mas que país não as tem? 

O mais importante é que, além dos ganhos econômicos, na data dos jogos a maioria da população brasileira vai unir seus desejos e sua voz,: vai vestir a camisa da seleção, agitar nossas bandeiras e vibrar a cada gol. O futebol e o que representa no imaginário popular, queiram ou não os inimigos de plantão do Brasil, fazem parte do nosso DNA. Os 11 jogadores da seleção em campo e nosso 12 jogador, a torcida brasileira, estamos preparados para ganhar. 

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