A terceirização da política

Cabe aos partidos políticos maior organização e formação de seus quadros, pensadores e intelectuais, como também combater de forma veemente tais instituições que usam legendas partidárias para por em prática seus projetos de poder. A história ensina que não existe democracia forte, sem partidos fortes

(Foto: Agência Senado)


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A história é fecunda para nos apontar os acertos e erros. Serve como referência indispensável, dizia o grande filósofo Karl Marx: “A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”.

Exatamente na história recente do Brasil encontramos as gêneses da infiltração política, e o veneno da desestabilização contra nossa soberania, por meio das propagandas enganosas, e nada republicanas, como foi o caso do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES) e o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD).

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O IPES, fundado em 1961, foi um dos instrumentos utilizados pelo governo dos EUA para disseminar propaganda anticomunista e desestabilizar o governo de João Goulart. Organização de extrema-direita financiou, inclusive, campanhas eleitorais elegendo bancadas de golpistas contra o presidente e contra nossa soberania, assim também era o IBAD fundado em 1959.

Consequência infame desta ação foi o golpe que colocou o Brasil sob uma ditadura militar de 21 anos; levou centenas de brasileiros ao exílio e assassinou outras centenas, como também torturou, seqüestrou e violentou.

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Fatos estes que já demonstravam de forma inequívoca que no jogo do poder, violentar a democracia não há nenhum problema, afinal, o pragmatismo dos que se servem da política não tem nenhuma baliza ética ou moral.

No caso específico contra Jango foi terceirizado o serviço sujo, pois tanto o IPES como o IBAD em nome do republicanismo e da modernidade foram agentes prostituidores de nossa democracia.

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Contemporaneamente voltamos às práticas infiltradoras da terceirização de interesses, muitos dos quais espúrios, sob o mesmo manto da modernidade e da renovação com a constituição de “partidos clandestinos” dentro das organizações partidárias.

Evidentemente que não existe almoço grátis. Mandatos financiados por tais organizações infiltradoras têm dono, ideologia, interesse e preço a ser pago; e obviamente que não são os interesses da nossa soberania e dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros.

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Como também é fato a fragilidade dos partidos políticos. Quando se busca estas figuras terceirizadas é porque não formou em casa.

Apoiadas pelo monopólio midiático que no caso do Brasil, sempre foi subserviente aos interesses não pátrios, e desprovidas de qualquer altivez ética ou moral, as organizações infiltradoras da terceirização da política encontram grande apoio.

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Cabe aos partidos políticos maior organização e formação de seus quadros, pensadores e intelectuais, como também combater de forma veemente tais instituições que usam legendas partidárias para por em prática seus projetos de poder. 

A história ensina que não existe democracia forte, sem partidos fortes.

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