A sapatada de Temer

Colunista Alex Solnik observa que Michel Temer "não precisava ter ido à loja pessoalmente" comprar sapatos na China, "poderia ter pedido para mandarem sapatos ao seu hotel ou mandar um ajudante de ordens comprar para ele, se quisesse manter uma postura de estadista brasileiro"; "Mas não, ele fez questão de ir até lá e de ser fotografado comprando um par de sapatos por 400 reais, com o que deu uma sapatada de uma só vez na indústria e no comércio de calçados do país que preside", critica; "É possível supor que ele tenha se prestado a isso com a intenção de se 'humanizar', como quando foi à escola buscar o filho. No entanto, neste domingo ele ganhou mais uma porção de adeptos do 'Diretas Já'"

Colunista Alex Solnik observa que Michel Temer "não precisava ter ido à loja pessoalmente" comprar sapatos na China, "poderia ter pedido para mandarem sapatos ao seu hotel ou mandar um ajudante de ordens comprar para ele, se quisesse manter uma postura de estadista brasileiro"; "Mas não, ele fez questão de ir até lá e de ser fotografado comprando um par de sapatos por 400 reais, com o que deu uma sapatada de uma só vez na indústria e no comércio de calçados do país que preside", critica; "É possível supor que ele tenha se prestado a isso com a intenção de se 'humanizar', como quando foi à escola buscar o filho. No entanto, neste domingo ele ganhou mais uma porção de adeptos do 'Diretas Já'"
Colunista Alex Solnik observa que Michel Temer "não precisava ter ido à loja pessoalmente" comprar sapatos na China, "poderia ter pedido para mandarem sapatos ao seu hotel ou mandar um ajudante de ordens comprar para ele, se quisesse manter uma postura de estadista brasileiro"; "Mas não, ele fez questão de ir até lá e de ser fotografado comprando um par de sapatos por 400 reais, com o que deu uma sapatada de uma só vez na indústria e no comércio de calçados do país que preside", critica; "É possível supor que ele tenha se prestado a isso com a intenção de se 'humanizar', como quando foi à escola buscar o filho. No entanto, neste domingo ele ganhou mais uma porção de adeptos do 'Diretas Já'" (Foto: Alex Solnik)


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Não passa um dia sem que o governo dê uma sapatada em alguém.

Todos os jornais do mundo trazem uma foto de Michel Temer num shopping da China, sentado enquanto a atendente traz sapatos para ele experimentar. Ele está à paisana, só de camisa esporte, cara de bons amigos, muito mais relax do que se exibe no Brasil.

Deve ser porque lá ninguém o conhece.

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Os fabricantes de sapatos brasileiros devem ter subido nas tamancas ao verem essa foto. Como é que pode um presidente brasileiro em visita à China dar essa colher de chá para os fabricantes de sapato chineses, principalmente num momento em que os brasileiros enfrentam uma forte concorrência dos exportadores chineses, da qual procuravam se defender e de repente os atacados são eles.

Essa foto vai rodar o mundo com as legendas que os editores de jornais escolherem. Os que a virem poderão pensar várias coisas tais quais:

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"Ele precisava ir à China comprar sapatos"?

"Se está comprando lá é porque os sapatos chineses são melhores do que os de seu país".

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Os comerciantes chineses, talvez os melhores do mundo, vão aproveitar o mote para dizer aos seus clientes brasileiros: "o presidente do Brasil prefere sapatos chineses". E ainda: "Você vai deixar de comprar um sapato aprovado pelo presidente da República"?

Temer não poderia ter sido mais desastrado. Nem mais nocivo aos interesses dos empresários brasileiros.

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Para justificar não só uma gafe internacional, mas um atentado à indústria brasileira, Temer disse que foi um incidente bobo, o salto de seu sapato tinha caído e ele precisava comprar um outro.

E deve ter achado que com essa resposta brilhante acabaria esse "pequeno embaraço".

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Primeira observação: que raio de sapato é esse que de repente o salto se quebra?

Segunda observação: ele não precisava ter ido à loja pessoalmente, poderia ter pedido para mandarem sapatos ao seu hotel ou mandar um ajudante de ordens comprar para ele, se quisesse manter uma postura de estadista brasileiro.

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Mas não, ele fez questão de ir até lá e de ser fotografado comprando um par de sapatos por 400 reais, com o que deu uma sapatada de uma só vez na indústria e no comércio de calçados do país que preside.

Em vez de comprar um sapato brasileiro numa loja brasileira comprou um sapato chinês numa loja chinesa.

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É possível supor que ele tenha se prestado a isso com a intenção de se "humanizar", mais ou menos na mesma linha do dia em que foi à escola buscar seu filho na hora da saída.

No entanto, neste domingo ele ganhou mais uma porção de adeptos do "Diretas Já".

Renan, o ideólogo do "derruba, mas não dá coice" precisa ensinar a Temer a não dar sapatada.

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