A retração do Nordeste na nova fase de incertezas
As torneiras do Planalto estão fechadas e gerando muitos aborrecimentos em curso porque ele parece não tolerar a "onda" progressista em curso no Nordeste. Se faz preciso rever imediatamente este tratamento preconceituoso e inaceitável

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Os novos indicadores econômicos e sociais do Brasil revelam situação preocupante na direção dos 9 Estados do Nordeste diante da nova realidade construída pós Impeachment da presidenta Dilma Rousseff e ascensão de Michel Temer.
A síntese é simples de entender: ao contrário dos tempos de crescimento acima da média nacional, o Nordeste com o novo Governo atestou a inversão de valores e voltou a ter os patamares de antes, de involução econômica.
Não precisa ser expert em Economia para entender a máxima conceitual das teses do renomado economista Celso Furtado, reconhecido nas principais Bancas da Europa e EUA, que só há um caminho viável para o Brasil retomar o nivel de desenvolvimento sócio – econômico: reduzir as desigualdades regionais e aplicar políticas de inclusão social.
Esta é realidade que os 9 estados nordestinos passaram a conviver de 2003 em diante com os Governo Lula e Dilma.
Pela primeira vez, desde a Ditadura Militar, o Nordeste passara a ter tratamento à altura de seu papel historico sendo contemplado com politicas de aquecimento da economia, sobretudo na atração de grandes equipamentos, e da Bolsa Familia – cujo congelamento de valores pagos já se fez sentir na retração do consumo.
GOVERNADORES E TEMER
O cenário de involução do Nordeste gera alta preocupação porque na base política do relacionamento entre o presidente Temer e os governadores dos 9 estados está um visivel descompromisso do Governo Federal, que não quis dar o mesmo tratamento dispensado aos Governos do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul – estes em quebradeira geral.
Temer deixou-se impressionar e absorver a "cultura" de perseguição estimulada por aliados seus no Nordeste indicando que apoiar os atuais governadores – a maioria deles com viés progressista, singificará estar jogando contra o Governo Federal.
Resultado: as torneiras do Planalto estão fechadas e gerando muitos aborrecimentos em curso porque ele parece não tolerar a "onda" progressista em curso no Nordeste.
Se faz preciso rever imediatamente este tratamento preconceituoso e inaceitável.
TEMPOS DIFICEIS E DE ENFRENTAMENTO
A continuar com a prevalência desta postura, certamente que o endurecimento de Temer passará a ter reações mais fortes dos governadores e da sociedade organizada, cada vez mais insultada pelos descompromissos com os Estados nordestinos, logo e uma questão de dias o enfrentamento à vista.
Em dificuldades de toda a ordem, ou Michel Temer rever o tratamento do Nordeste ou possivelmente comece por lá a maior crise política de relacionamento com entes federados.
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