A responsabilidade do STF de permitir que um político denunciado lidere impeachment

O fato mais relevante é atestar que, apesar de todas as advertências, o Supremo Tribunal Federal acompanha a todo o processo passível, comprometido com os desmandos do presidente da Câmara que, repito, "casa e batiza" diante da postura co-responsável da Corte claramente afetada pela interferência externa da Midia e da Oposição ao Governo Federal

Bras�lia - Presidente da C�mara, Eduardo Cunha, fala da decis�o do ministro STF, Marco Aur�lio Mello, de obrigar a instalar comiss�o para impeachment de Michel Temer (Valter Campanato/Ag�ncia Brasil)
Bras�lia - Presidente da C�mara, Eduardo Cunha, fala da decis�o do ministro STF, Marco Aur�lio Mello, de obrigar a instalar comiss�o para impeachment de Michel Temer (Valter Campanato/Ag�ncia Brasil) (Foto: Walter Santos)


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O Domingo, 17 de abril, ficará para História pelo novo teste institucional que a jovem Democracia brasileira vive, ameaçada por uma grande articulação politica nacional envolvendo interesses internacionais em torno do Impeachment da Presidenta Dilma Rousseff à lá mesma estratégia adotada no Paraguai e em Honduras nos últimos tempos.
O Mundo Inteiro acompanha perplexo o "surrealismo" do Impeachment brasileiro porque o remete de fato à tese de República de Bananas, como carimbou o ex-presidente francês Charles de Gaulle, mesmo com seu desmentido.

RECORRENDO À HISTORIA
Está nos compêndios de todo o Mundo: "A frase "Le Brésil n'est pas um pays sérieux" (O Brasil não é um país sério) foi atribuída ao presidente francês Charles de Gaulle, quando surgiu uma crise política entre Brasil e França, nos anos 60".

A apreensão de pesqueiros franceses que capturavam lagostas na costa brasileira, teria irritado de Gaulle e o levado a dizer que o Brasil não era um país. Segundo a versão corrente o embaixador do Brasil em Paris, Carlos Alves de Souza, teria acrescentado o adjetivo sério, para amenizar a situação.

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A crise foi resolvida, mas o mal-estar sempre ficou, apesar do general de Gaulle negar até a sua morte ter dito tal frase" .

A BASE DA OMISSÃO

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Há que se considerar no Impeachment de agora diversos valores e fatores a influir na tipificação de Golpe de Estado liderado pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, este com denúncias e mais denúncias de desvios de recursos – o último, dias atrás, em delação atestando R$ 56 milhões provavelmente para distribuir com comparsas e manter sua influência sobre 104 parlamentares, conforme denunciam os bastidores do Congresso Nacional, a exemplo do deputado federal Silvio Costa.

Ressalte-se o fato ainda de existir em curso o processo movido pelo Ministério Público Federal pedindo o afastamento de Cunha por vários fatores sem que a Supremo Corte de Justiça do Brasil tenha manifestado em tempo no zelo à Constituição, logo permitindo que um Líder Político denunciado por Corrupção conduza um processo contra uma Presidenta da República sem um único desvio de conduta.

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QUANDO O STF É RESPONSÁVEL PELO ATRASO

Para que serve, enfim, o Supremo Tribunal Federal? Será que não se apercebe do alto grau de responsabilidade do atraso institucional ao se omitir para fazer valer a Constituição?

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Como pode permitir que um Político reconhecidamente desonesto conduza um processo de afastamento da maior líder do País sem um Crime de Responsabilidade?

O STF, enfim, avaliza o Golpe em curso?

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SINTESE

O fato mais relevante é atestar que, apesar de todas as advertências, o Supremo Tribunal Federal acompanha a todo o processo passível, comprometido com os desmandos do presidente da Câmara que, repito, "casa e batiza" diante da postura co-responsável da Corte claramente afetada pela interferência externa da Midia e da Oposição ao Governo Federal.

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Esta não é a postura que a sociedade aguarda de um Tribunal dessa magnitude e como tal vai pagar na História o preço da omissão para sempre.

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