A resistência das mulheres

As manifestantes que emocionaram o Brasil - das quais uma em cada quatro são chefes de família, criando os filhos sozinhas - lutam contra uma política cruel que atingirá em particular a mulher camponesa e a professora do ensino fundamental

As manifestantes que emocionaram o Brasil - das quais uma em cada quatro são chefes de família, criando os filhos sozinhas - lutam contra uma política cruel que atingirá em particular a mulher camponesa e a professora do ensino fundamental
As manifestantes que emocionaram o Brasil - das quais uma em cada quatro são chefes de família, criando os filhos sozinhas - lutam contra uma política cruel que atingirá em particular a mulher camponesa e a professora do ensino fundamental (Foto: Chico Vigilante)


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Neste Dia Internacional da Mulher mais do que nunca as mulheres brasileiras demonstraram que estão unidas e preparadas para resistir.
Resistem contra a violência machista secular e especialmente, neste momento, contra a mais clara insensibilidade de gênero do governo golpista ao engendrar ataques abertos aos seus direitos.

Tudo indica que o impeachment de Dilma Rousseff, em meio à onda de ódio que tomou conta de nosso país, insuflou ainda mais a violência costumeira contra as mulheres.

Inacreditável aumento de 133% das denúncias de violência contra mulheres em 2016 quando comparados a 2015. Os estupros foram além e cresceram 147%, uma média de 13 mulheres estupradas por dia.

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O Brasil, na contramão da história, vergonha nacional, ocupa o quinto lugar no ranking mundial de países onde mais se mata mulheres.

É hora de dizer basta.

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Mulheres de todas as raças, credos e níveis culturais ocupam na quarta, 8/03, ruas e praças de todo o país contra os ataques aos direitos trabalhistas e previdenciários existentes e o desmonte das políticas públicas de ampliação da participação das mulheres na vida nacional, criadas pelos governos petistas.

As mulheres brasileiras lutam contra a absurda política de Michel Temer, de querer igualar em 65 anos a idade mínima para aposentadoria de mulheres e homens, ignorando premeditadamente o fato de que secularmente mulheres tem dupla jornada, além de receberem menos por funções iguais.

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As manifestantes que emocionaram o Brasil - das quais uma em cada quatro são chefes de família, criando os filhos sozinhas - lutam contra uma política cruel que atingirá em particular a mulher camponesa e a professora do ensino fundamental.

A reforma de Temer pretende acabar com o regime especial das trabalhadoras do campo que lhes garante aposentadoria aos 55 anos, após trabalhar, no mínimo por 15 anos. O golpista pretende que contribuam para o INSS como autônomas por no mínimo 25 anos. Muitas morrerão antes.

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Todos sabemos que muitas mulheres acabam se aposentando por idade e não por tempo de contribuição porque, devido à criação dos filhos, começam a trabalhar tardiamente, ou fazem pausas nos vínculos trabalhistas por questões domésticas de saúde ou educação dos filhos.

As exigências de que para receber o teto da aposentadoria se trabalhe durante 49 anos na cidade ou de sol a sol no campo por, no mínimo, 25 anos e até os 65 anos de idade são simplesmente atos de tortura contra as mulheres.

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Lula, visionário costumeiro dos destinos do país, prevê que no Brasil as mulheres cada vez mais se mobilizarão e resistirão contra a violência masculina, a precarização do trabalho e a desigualdade social, e conclama os homens a se unirem às mulheres para a construção de um mundo melhor.

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