A realidade paralela criada pela imprensa da classe dominante

O lavajatismo e a imprensa sabuja atentaram deliberadamente contra a soberania nacional, quando abriram o caminho para os EUA se apossarem da tecnologia brasileira de enriquecimento de urânio, desenvolvida pelo major Othon Luiz Pinheiro da Silva, acusado injustamente de corrupção



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O Brasil é governado por um presidente que atenta deliberada e ostensivamente contra a população. Para Bolsonaro, entre vidas e palanque eleitoral, ele não tem dúvidas de que fica com o segundo. Apesar disso, é estarrecedor observar os brasileiros aceitarem o desprezo dispensado a eles, sem um mínimo murmúrio. Em declaração recente, o presidente desautorizou o vice-presidente. Hamilton Mourão, durante uma entrevista, disse não ter dúvidas de que o governo comprará a vacina produzida pelo Instituto Butantã, em parceria com o governo Chinês. Imediatamente, o tenente reformado do Exército desautorizou o general, dizendo que a caneta Bic é dele, e que pode, ou não, comprar a Coronavac. Para ele, a disputa eleitoral com o governador de São Paulo, João Doria, é um interesse que está muito acima da vida dos brasileiros.

O que Bolsonaro comete é crime de responsabilidade. Isso tem vários nomes, entre os quais, negligência, gestão temerária e desumanidade. Em países minimamente politizados, seria o suficiente para inflamar a população a cobrar do seu dirigente postura de responsabilidade, coisa que ele nunca teve. Este País, desde 2014, vive uma realidade paralela, que não foi construída pelo Bolsonaro, que não tem competência para isso. Na verdade, esse estado de coisas dantescas foi construído pela imprensa comercial que, por meio de distorção e omissão de fatos, inoculou ódio na população contra a esquerda, o Partido dos Trabalhadores, Lula e Dilma. Historicamente despolitizada, a sociedade brasileira, desde os mais humildes à classe média, foi induzida ao erro que nos levou à campanha mentirosa e difamatória que elegeu Bolsonaro presidente, em 2018.

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Um então parlamentar inexpressivo, do baixo clero, desagregador, foi alçado, da noite para o dia, a mito. Agora, o Brasil tem um governo que nega a sua descarada corrupção, a pandemia e reconduz esta rica nação ao Mapa da Fome, de onde havia saído, em 2014. Já contamos com mais de 10 milhões de famintos. O País tem 14 milhões de desempregados, 33 milhões de trabalhadores subutilizados, sem garantias trabalhistas e seis milhões de desalentados, pessoas que já desistiram de procurar por emprego, ainda que precário. Em outra esfera, Bolsonaro e seu desgoverno, a mando do presidente dos EUA, para quem eles batem continência, Donald Trump, se afasta da China. Esta, já sem paciência com as burrices do presidente do Brasil, passou a comprar soja da Tanzânia, o que vai prejudicar severamente o setor produtivo brasileiro que tanto esforço fez para eleger o tenente reformado, o agronegócio.

Foram dois anos, até 2016, de uma intensa produção de mentiras, até o golpe contra uma presidenta que não cometeu crime algum. Hoje, há gravação audiovisual de reunião governamental em que granada é colocada no bolso de servidores públicos, microempresas são abandonadas à própria sorte e a boiada dos interesses da classe dominante são passados enquanto a imprensa comercial finge que não vê. Isso para não falar de R$ 2 milhões torrados no cartão corporativo, em dois meses. Em 2008, uma tapioca de R$ 8,50 paga com cartão corporativo, rendeu manchetes e exaustivas matérias, com gráficos de despesas governamentais, em ditos grandes jornais comerciais. Esses assuntos foram explorados dia e noite, criando uma narrativa de corrupção e gestão perdulária generalizada, de Lula e de Dilma.

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Hoje, editorialistas e colunistas regiamente pagos escondem que a Operação Lava Jato nada mais é que a instrumentalização dos órgãos de fiscalização e controle brasileiros, submetidos aos serviços de espionagem dos EUA, para suprimir a democracia e permitir aos americanos do norte se apossarem não apenas do pré-sal, cujo óleo está sendo sugado por empresas estrangeiras, que o levam para, depois, nos vendem refinado em diversos tipos de produtos. O lavajatismo e a imprensa sabuja atentaram deliberadamente contra a soberania nacional, quando abriram o caminho para os EUA se apossarem da tecnologia brasileira de enriquecimento de urânio, desenvolvida pelo major Othon Luiz Pinheiro da Silva, acusado injustamente de corrupção. Até hoje, nenhum jornal da imprensa comercial, de propriedade do sistema financeiro, se dignou a se retratar desse crime de lesa-pátria. Portanto, Bolsonaro é apenas uma parte do problema. O que não permite que este País se desenvolva se chama classe dominante.

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