A que ponto chegamos!

Não se trata de hostilidade à nova gestão, como quis a jornalista: trata-se de hostilidade ao país, à democracia, escreve Eric Nepomuceno

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


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Por Eric Nepomuceno, do 247

Nessa virada de ano – e de governo – o simbolismo ganhou peso e espaço, para deixar claro que até nos seus mais mínimos aspectos nada do que acontece deixa de ser revelador.

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Uma história contada pela jornalista Natuza Nery – que nem o mais lunático chamaria de esquerdista, petista ou lulista – deixa isso bem claro.

Conta ela que, na véspera da posse, um grupo da equipe de Lula foi até o Palácio do Planalto ver como estava tudo. Afinal, no primeiro dia do ano o presidente empossado iria subir a rampa daquele Palácio e falar para o país e o mundo.

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O grupo foi até o terceiro andar, onde fica o gabinete presidencial, e seus integrantes deram com a porta trancada. A chave? Ora, tinha sumido.

Foi preciso chamar um chaveiro para que os integrantes da equipe de Lula pudessem abrir a porta – vale reiterar: da sala do presidente da República, que ele poderia ocupar no dia seguinte – e entrar.

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Natuza Nery fecha seu pequeno texto com um comentário: diz ela que “a situação mostra o grau de hostilidade do governo Bolsonaro com a nova gestão”.

Devo, com toda delicadeza, dizer que discordo dela.

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Muito mais que grau de hostilidade, o gesto de Jair Messias e seu bando mostra o grau de desvario a que chegou o pior e mais abjeto presidente da história do Brasil.

Mostra também a que ponto chegam o desprezo pelas normas básicas da civilidade e a falta de respeito pelos bens públicos – para dizer o mínimo – de quem não tinha outro futuro em mente que um golpe para se perpetuar no poder. E que ao ver que tal golpe não aconteceria, optou por fugir do país.  

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Para terminar, essa fuga deixou claro que, para Jair Messias e sua tropa, não há fronteira entre o público e o privado. Tanto assim que além de levar a chave do gabinete presidencial, ele fugiu levando mulher, filha e sabe-se lá quem mais em um avião da presidência, ou seja, às nossas custas.

Esse é o bolsonarismo em flor, esse é o bolsonarismo que não só o novo governo terá pela frente, mas todos nós teremos.

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Não se trata de hostilidade à nova gestão, como quis a jornalista: trata-se de hostilidade ao país, à democracia. A todos nós que não somos do bando do Genocida.

E assim vai ser durante muitos e muitos dias: iremos descobrindo novos gestos mostrando até que ponto esse bando de devastadores que giram ao redor do Genocida desrespeita o mais mínimo da civilidade.  

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