A prisão de Cunha: isca para reiniciar a caçada a Lula ou para derrubar Temer?

Pelo sim pelo não, Cunha tende a proteger a mulher e a filha — também investigadas na Lava Jato. Talvez ele protagonize a maior delação premiada que o mundo já teve notícia, pois, em seu index, tem 200 deputados, a cúpula nacional do PMDB e o próprio Temer

Brasília- DF 19-10-2016 Ex-deputado federal, Eduardo Cunha, entrando no avião da Polícia Federal, que seguiu para curitiba. Cunha teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Sérgio Moro, durante as investigações da Operação Lava Jato
Brasília- DF 19-10-2016 Ex-deputado federal, Eduardo Cunha, entrando no avião da Polícia Federal, que seguiu para curitiba. Cunha teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Sérgio Moro, durante as investigações da Operação Lava Jato (Foto: Esmael Morais)


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A prisão do ex-deputado Eduardo Cunha, nesta quarta (19), parece ter sido uma "grande" tacada do juiz Sérgio Moro para "provar" que é um magistrado "imparcial" e, ato contínuo, prender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Traduzindo: a espetaculosa prisão de Cunha,a princípio, foi mais uma jogada de marketing da Lava Jato.

Há quem visualize o início de uma "virada" rumo à cúpula do PMDB — leia-se Renan Calheiros, Geddel Vieira Lima, Moreira Franco e Romero Jucá — cujo objetivo seria derrubar o cambaleante governo de Michel Temer.

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Pode ser que a Lava Jato mire em ambos os alvos, mas é mais crível a primeira hipótese, ou seja, Moro tenta uma legitimação para conquistar seu troféu pessoal: a prisão de Lula.

Há também quem acredite que é mais fácil o Sargento Garcia prender o mascarado Zorro do que o juiz Sérgio Moro prender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder absoluto em todas as pesquisas para 2018.

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Pelo sim pelo não, Cunha tende a proteger a mulher e a filha — também investigadas na Lava Jato. Talvez ele protagonize a maior delação premiada que o mundo já teve notícia, pois, em seu index, tem 200 deputados, a cúpula nacional do PMDB e o próprio Temer.

Eis a enrascada onde Moro se enfiou. Lembrando o velho José Richa, governador do Paraná no início dos anos 80, que tinha o seguinte bordão nos comícios no interior do estado: "ou vai ou racha, se tampa não for de borracha".

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