A primeira semana de um outro Brasil possível
"Há muito o que se fazer, mas o ar já é outro, um clima mais ameno e de esperança", resume Arnóbio Rocha
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Há uma semana estava em Brasília na correria para ir à cerimônia de posse do Presidente Lula, em meio às expectativas, receios e uma certa tensão pelas ameaças dos movimentos antidemocráticos bolsonaristas que apelam aos extraterrestres, à Deus, mas no fundo são bem financiados por um grupo bem terreno, longe de qualquer coisa etérea, ou do além.
Da posse tudo já foi dito, sua magia, energia e encanto, isso sim, muito além da normalidade terrena, uma história incrível, a realização de um sonho de que o Brasil pode voltar a ser Brasil, de que a terra é REDONDA, sem parecer questão de opinião, quando se falar em vacinas, ciência, tecnologia, muito menos quando se falar de proteção ao meio ambiente, da questão climática e da história humana e sua lógica.
O novo governo está tomando posse, preenchendo o vazio deixado pelo arremedo de governo bolsonarista, cuja glória era elevar a ignorância e a incompetência, como critérios para ocupação de cargos, ou seja, o culto à burrice levou o Brasil ao caos administrativo, muito há de ser feito, apenas para por a máquina em funcionamento, corre-se contra o tempo e contra ansiedade de realizar o prometido desde os primeiros dias.
Não será fácil!
Obviamente já se sabia do tamanho do buraco, em tese, pela informações coletadas durante a transição (mesmo com o boicote do governo), o diagnóstico era gravíssimo, mas apenas quando se tem o controle efetivo da máquina é que se abrirão os armários e os esqueletos saltarão para nos assustar e arrepiar os cabelos..
Nesse sentido, há que se ter uma certa paciência, diria generosidade, para ajudar nesse processo tão complexo, ainda que as demandas sejam para antes de ontem, devemos perseverar, colaborar, ficar atentos, cobrando, ao mesmo tempo tendo calma para que o essencial volte a funcionar e que se possa tirar o Brasil desse mar de lamas.
Outra atenção é com os movimentos protofascistas que não desistirão de enfrentar o governo Lula, de negação de sua eleição, parece ululante que, quem negou vacinas, terra redonda, é claro que negaria uma derrota eleitoral, as urnas, os votos e a Democracia.
Estes movimentos têm que ser acompanhados de perto, eles querem produzir um evento caótico, uma morte, um mártir, algo que os embale, portanto não se trata simplesmente de “limpar” os que estão na frente de quartéis, mas destruir suas redes de financiamentos, identificar quem são os líderes reais, não apenas os ridículos que apontam celulares para o espaço sideral.
Há muito o que se fazer, mas o ar já é outro, um clima mais ameno e de esperança.
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