A morte lenta da elegibilidade de Bolsonaro no TSE

Nesta sexta-feira, será dada a primeira resposta institucional que o Brasil exige contra Bolsonaro: seu afastamento das urnas que ele tanto atacou

Jair Bolsonaro vota nas eleições de 2022
Jair Bolsonaro vota nas eleições de 2022 (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil )


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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu nesta quinta-feira (29) o julgamento da ação que pode tornar Jair Bolsonaro inelegível por oito anos. O placar está em 3 a 1 pela condenação de Bolsonaro por abuso de poder político e dos meios de comunicação nas eleições de 2022.

Bolsonaro está sendo julgado devido à sua participação em uma reunião no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros, no dia 18 de julho de 2022, quando difamou o sistema eleitoral brasileiro sem apresentar provas. O encontro foi transmitido pela TV oficial do governo e ocorreu pouco antes do início do período eleitoral.

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A sessão será retomada nesta sexta-feira (30) com o voto da ministra Cármen Lúcia, vice-presidente do TSE, que deverá formar uma maioria de 4 votos contra Bolsonaro e selar seu afastamento das urnas que ele tanto atacou. Depois de Cármen Lúcia, votam os ministros Kassio Nunes Marques e o presidente da Corte, Alexandre de Moraes. O ministro Benedito Gonçalves, relator da ação, votou pela condenação de Bolsonaro, e foi acompanhado até agora pelos ministros Floriano Marques e André Ramos Tavares. O ministro Raul Araújo divergiu do relator e votou pela absolvição de Bolsonaro.

Em seu voto, o ministro Floriano Marques citou depoimentos dos ex-ministros Carlos França, de Relações Exteriores, e Ciro Nogueira, da Casa Civil, para ratificar que a reunião com embaixadores não era parte da agenda de eventos institucionais, sendo uma iniciativa própria de Jair Bolsonaro. O ministro apontou que ficou evidente que o "caráter eleitoral era central naquela atividade".

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Já o ministro André Ramos afirmou no seu voto que o conteúdo do discurso de Bolsonaro é “permeado por informações falsas" e "inequívocos ataques" a partidos, candidatos, ministros do STF e TSE. O ministro também concluiu que ficou comprovado "desvio de finalidade, caracterizando o abuso de poder".

Até o momento, foram três sessões do plenário do TSE para o julgamento de uma das 16 ações contra Jair Bolsonaro. O líder da extrema-direita no Brasil sangra, definha politicamente. É humilhado. Nesta sexta-feira o país deverá celebrar o desfecho do julgamento, com a vitória das urnas eletrônicas, do sistema eleitoral e da Justiça Eleitoral sobre o líder dos fascistas tupiniquins. Será dada a primeira resposta institucional que o Brasil exige contra Bolsonaro.

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