A milícia neo pentecostal de Silas Malafaia em defesa de Daniel Silveira
O pastor evangélico (?), muito mais conhecido por seu envolvimento em polêmicas, do que pelo trabalho que deveria realizar como evangelizador, uma vez que se apresenta como um “ungido” de Deus, soltou a voz contra a prisão do referido deputado
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Por Nêggo Tom
Daniel Silveira, o delinquente travestido de parlamentar que encontra-se preso por determinação do STF, após ter usado a sua liberdade de expressão para dizer, entre outras bestialidades, que estaria disposto até a matar para defender a sua ideologia fascista, ganhou um apoio de peso na sua queda de braço contra a suprema corte. Trata-se de ninguém mais, ninguém menos do que Silas Malafaia.
O pastor evangélico (?), muito mais conhecido por seu envolvimento em polêmicas, do que pelo trabalho que deveria realizar como evangelizador, uma vez que se apresenta como um “ungido” de Deus, soltou a voz contra a prisão do referido deputado. Para Malafaia, Daniel Silveira está sendo vítima de uma vergonhosa arbitrariedade, que ameaça o estado evangélico miliciano de direito que ele e outros líderes religiosos neo pentecostais, convenceram à suas ovelhas de que era a boa nova de Jesus Cristo para a nação.
Como chefe da milícia neo pentecostal, Malafaia ameaça a todos os deputados da bancada evangélica que votarem pela manutenção da prisão de Silveira, com a vingança do “povo de Deus” nas urnas da próxima eleição. “Deputado evangélico que votar em favor dessa aberração jurídica de manter um deputado preso por suas falas, vou denunciar aos evangélicos, para nunca mais ser votado por nós”, postou o capo da máfia religiosa, cujo projeto de poder inclui transformar a democracia numa teocracia rotativa, onde os evangélicos possam escolher o “deus” que os governará na terra.
Percebe-se que, além de perder o rumo de sua missão pastoral, Silas Malafaia também ainda não encontrou o objeto que o saudoso jornalista Ricardo Boechat, o havia mandado procurar. Do contrário, estaria se regozijando com ele ao invés de sair em defesa de um sujeito que foi considerado pela Polícia Militar, instituição a qual fazia parte, inadequado para permanecer em suas fileiras. O “Al Capone de Cristo” sabe muito bem, que a ignorância das ovelhas é uma virtude no mundo cristão. Principalmente, quando os lobos que as lideram possuem intenções escusas na condução do seu rebanho.
Silas Malafaia é um mafioso da fé, um ser humano que não têm o menor pudor em distorcer os ensinamentos da palavra de Deus e usar o nome de Cristo para obter vantagens financeiras. Mas ele não é o único no meio. Não por acaso, todas as lideranças evangélicas midiáticas do país, se uniram em torno do nome de Jair Bolsonaro para presidente, oferecendo para os seus seguidores o vinagre que fizeram Jesus beber na cruz, como se fosse o maná do deserto. E eles engoliram sem perceber que o que deveria ser sólido, era líquido e queimava suas entranhas.
Malafaia foi um dos responsáveis por fazer cristãos acreditarem que Deus lhes enviaria um genocida apologista da tortura e defensor da pena de morte, como o messias que iria trazer um grande avivamento para a nação. Uma tarefa nem tão difícil assim, quando se está lidando com gente muito mais fanatizada do que espiritualizada. Aposto que foi muito mais difícil convencer as ovelhas a boicotarem “O Boticário” e passarem a usar o “Perfume de Jesus” da Bispa Sônia.
Agora, no mais novo episódio da sua série de falcatruas em nome de Jesus, ele tenta sugerir a seus fiéis, ainda que de modo subliminar, que um parlamentar que já foi associado a milícia, que tem um histórico de comportamento e de atitudes violentos contra jornalistas, estudantes e opositores e que tem mais anotações criminais dentro da força de segurança que servia, do que o ladrão que foi crucificado ao lado de Jesus na cruz, é mais um soldado do exército de cristo que está sendo perseguido, porque está lutando contra os demônios do comunismo, do socialismo e da esquerdalha inimiga de Deus.
Desta forma, ele conclama a sua milícia neo pentecostal a também confrontar as instituições democráticas, como se estivessem a serviço de Deus. Ele ainda usou como argumento em defesa do deputado preso, o fato de o presidente da república ser ofendido o tempo todo por políticos de oposição e jornalistas, que o chamam de “genocida” e “torturador”, e ninguém ter sido punido por isso. Talvez, seja porque esteja comprovado por ele mesmo, que as palavras que lhe são imputadas não expressam nada mais do que a verdade a seu respeito.
Possivelmente, o apostolado de Malafaia esteja recebendo uma generosa doação financeira, para que o “ungido” se manifeste e direcione a opinião de suas ovelhas a respeito da prisão e da possível cassação de Daniel Silveira, que é um dos principais extremistas integrantes do governo Bolsonaro. Neste caso, a efusiva defesa do pastor disfarçada de opinião, não visa apenas relativizar os crimes cometidos pelo deputado, mas também defender o cristo-fascismo e os métodos pouco republicanos, que ajudaram Jair Bolsonaro chegar ao poder.
Se a ameaça de Malafaia contra os parlamentares da bancada evangélica surtirá efeito no voto dos mesmos, eu não sei. O que eu sei, é que se usar o nome de Deus com más intenções fosse crime, Silas Malafaia pegaria prisão perpétua.
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