A mentira do sabujo

"Nenhum integrante do atual governo vale nada, mas alguns valem ainda menos que nada", escreve Eric Nepomuceno, do Jornalistas pela Democracia

Ministro Queiroga, em Brasília
Ministro Queiroga, em Brasília (Foto: REUTERS/Mateus Bonomi)


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Por Eric Nepomuceno, para o Jornalistas pela Democracia

Uma das tantas características – todas elas abomináveis – do governo do pior presidente da história da República é seu ministério, dividido entre os que não fazem nada, os que fingem que fazem e os que disputam ardorosamente o posto de mais grotesco.

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Nenhum integrante do atual governo vale nada, mas alguns valem ainda menos que nada. Daí lutarem, cada um à sua maneira, para se mostrar pior que os demais.

Essa disputa vem promovendo, ao longo dos tempos, um intenso rodízio. Mas ultimamente o doutor Marcelo Queiroga, instalado na poltrona de ministro da Saúde, tem se mostrado imbatível.

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Já conseguiu, entre outras façanhas, se mostrar ainda mais perigoso e daninho que seu antecessor, o inacreditável general da ativa do Exército brasileiro Eduardo Pazuello.  

Sabujo indecente, bajula de todas as formas possíveis e impossíveis Jair Messias. Transformado no mais veemente aprendiz de Genocida, Queiroga não mede esforços para se igualar e eventualmente buscar superar as aberrações expelidas pela boca presidencial. 

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Na segunda-feira 17 de janeiro deu uma espetacular demonstração de até onde sua indecência é capaz de chegar.

Abrindo espaço na campanha criminosa contra a vacinação, o doutor Queiroga afirmou que quase quatro mil pessoas morreram em razão de efeitos colaterais dos imunizantes. Mencionou um número exato: “3.935 óbitos”. Disse que era algo que estava comprovado. 

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O palco para a mentira ministerial foi um dos mais ativos e disparatados canais oficiais da extrema-direita brasileira, a Jovem Pan. 

Na verdade, houve mortes por efeitos colaterais da vacina: onze. Isso mesmo: onze. Exatos 3.924 a menos que o mencionado por Queiroga. 

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É o número oficial reconhecido em novembro do ano passado pelo ministério da Saúde. Foram aplicadas até agora 326 milhões de vacinas, e 159 milhões de pessoas receberam pelo menos a primeira dose. Onze delas morreram por efeitos colaterais da vacina.

Pressionado por jornalistas, o excelentíssimo senhor ministro admitiu que a coisa não era bem assim: disse que os tais 3.935 não são exatamente mortos, mas “casos que estão em observação”. 

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Bem: na verdade, quem está permanentemente em observação é Marcelo Quiroga, e por dois lados pelo menos.

Um dos lados é a classe médica, a parte lúcida da sociedade, os meios de comunicação, parlamentares e os tribunais.

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O outro lado é o atual morador do palácio presidencial. E é esse precisamente o único lado que interessa a ele.    

No exercício supremo de sua patética sabujice, Marcelo Queiroga é capaz de qualquer coisa. Qualquer, menos uma: dizer a verdade. 

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