A manipulação da classe dominante
Um dos mais deletérios e ruinosos banjos empregados pelo monopólio midiático e a classe dominante, é o estímulo à mediocridade e à ignorância. A educação doutrinária de aceitação da ordem social que temos, omite a educação desonesta e alienante, que encarcera o espírito libertário
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
O processo de formação da classe dominante no Brasil obedece aos ditames do açoite, da violência, e muitas das vezes, do golpe de Estado.
A história pretérita é vasta neste sentido; afinal, a luta de classes, instalada no Brasil desde seu descobrimento, tornou a dominação pela forçaem regra, não em exceção.
Todavia, com o desenvolvimento de novas formas de dominação, nossa classe dominante encontrou, no monopólio midiático, um grande aliado à manutenção de seus privilégios.
Foi constatado que, com o embaraço do uso da força, a forma mais eficaz de controle é o impedimento de que seus opostos pensem, afinal, o exercício da reflexão é arma mortal e inconveniente aos dominadores.
Outro apetrecho utilizado pela classe dominante, em conluio com o monopólio midiático, é a distração, que contribui incisivamente com a irreflexão dos grandes temas que atingem a classe dominada; isto se configura com "dramas" criados como, por exemplo, o dedinho quebrado de um jogador da seleção brasileira, o paredão do BBB, ou com as futilidades de novelas; enquanto direitos trabalhistas são retirados, aposentadorias são cassadas, o erário é vilipendiado por salteadores de plantão.
A dispersão e o consumismo também são apetrechos empregados pelo monopólio midiático em conjuração com a classe dominante. O culto ao individualismo, associado ao consumismo irresponsável, é fator primordial para a manutenção do cabresto das classes dominadas.
No entanto, um dos mais deletérios e ruinosos banjos empregados pelo monopólio midiático e a classe dominante, é o estímulo à mediocridade e à ignorância. A educação doutrinária de aceitação da ordem social que temos, omite a educação desonesta e alienante, que encarcera o espírito libertário.
A doutrina da futilidade, do vulgar, do inculto, nos remete ao senso comum idiotizado de que a contestação e a negação da ordem social são subversivas, venenosas à sociedade, e levam à marginalização dos que ousam discordar desta catequese.
É proibido não ser fútil.
É proibido não ser vulgar.
É proibido pensar, contestar, indignar-se.
Uma sociedade enraizada na resignação conveniente é o paraíso daqueles que, secularmente, se utilizam da ordem social anestesiada para se locupletar e viver de privilégios.
Caso tudo isso não funcione, eles dão golpe e partem para a violência.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247