A mando do mercado financeiro, Alexandre Silveira tenta dar golpe na Petrobrás

A economia brasileira está entranhada pelo “neoliberalismo” de desmontes e retrocesso de Paulo Guedes

Petrobrás e Alexandre Silveira
Petrobrás e Alexandre Silveira (Foto: ABr)


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Não demorou dois meses para o governo Lula sentir o tamanho das garras do mercado financeiro, acomodado no lugar de condução da política econômica e habituado ao poder de direcionamento das políticas públicas durante os governos Temer e Bolsonaro. 

O primeiro a mostrar suas garras foi o presidente bolsonarista do Banco Central que, sem qualquer justificativa plausível, manteve a taxa Selic nas alturas, preservando os ganhos milionários dos rentistas. 

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Agora, acompanhando Campos Neto nessa cantilena, engrossa o coro o “porta-voz” do Centrão, ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD). 

De maneira desleal, desrespeitando uma decisão acordada com o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, na composição do novo conselho da estatal, o ministro substituiu, por conta própria, dois dos nomes indicados pelo Palácio do Planalto para o novo conselho da companhia — do economista Eduardo Moreira e do empresário e presidente da FIESP, Josué Gomes da Silva. Os substitutos são nomes de confiança do mercado financeiro. 

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O intuito é claro: impedir que o governo Lula leve a cabo a extinção da política de Paridade de Preços de Importação e também o processo de privatização da Petrobrás, este em curso nos últimos seis anos.

Ao que tudo indica, o BTG Pactual, capitaneado por Bruno Bianco, tem todas as digitais nessa articulação “golpista” para manter o novo Conselho de Administração da Petrobrás nas mãos do mercado financeiro. 

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Falar-se em Petrobrás para os brasileiros, em defesa dos interesses de uma empresa com imensa relevância estratégica para o povo brasileiro, avançar em ações e projetos que efetivamente devolvam a Petrobrás ao seu papel histórico, implica violar dogmas desse “Deus Mercado” que se pretende onipotente. 

Priorizar os interesses dos brasileiros e a recuperação da economia tão combalida? Arriscar a absurda posição da Petrobras de maior pagadora de dividendos do mundo? Isso, não! O “deus” mercado reagiu e reagiu fortemente.

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Seja o patamar estratosférico da taxa básica de juros, seja essa mais recente investida contra a Petrobrás, têm efeitos profundos no nosso dia a dia, pois afetam a economia como um todo e guardam o potencial de inviabilizar os avanços sociais planejados pelo governo federal. 

Há pouco mais de um mês, fomos testemunhas de uma tentativa de golpe que devastou as sedes dos Poderes. As ações terroristas/golpistas foram perpetradas por bolsonaristas, entusiastas do caos e da degradação da democracia. As investigações têm apontado para uma verdadeira cooptação de parte dos órgãos de estado. Ou seja, Bolsonaro saiu do Planalto, mas deixou seus agentes inflamados por mentira e ódio social. 

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Guardadas as diferenças, a economia sofre do mesmo mal. O ex-ministro Paulo Guedes não ocupa mais o ministério da Fazenda, mas a economia brasileira está entranhada pelo “neoliberalismo” de desmontes e retrocesso de Paulo Guedes.

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