A luta perdida de Bolsonaro para reeleição. Até lá, a guerra vai ser longa
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Não se chega ao Palácio do Planalto, numa sociedade entre as mais desiguais do mundo, partida entre extrema direita e esquerda, de um dia para o outro. Quanto mais, aqueles que sonham com a viabilidade de uma terceira via, que nesse momento só servirá para preparar um nome para daqui a 12 anos. Nenhum governo de extrema direita se sustenta em longo prazo. Os índices de popularidade do governo vão de mal a pior, dando em conta que em todos os setores tivemos problemas e a economia, da qual Bolsonaro tinha verdadeira crença que poderia surtir efeito para sua campanha, estão sendo os mais cobrados pela população. Tudo está caro. Os eleitores estão muito insatisfeitos e muitos deles estão famintos e desesperados. A ditadura, da qual o presidente tanto se orgulha, levou 31 anos para chegar seus índices econômicos abaixo de Botsuana. Bolsonaro conseguiu esse feito em quatro anos.
Durante quatro anos, a oligarquia brasileira teve a faca e o queijo na mão para emplacar um governo como nos velhos tempos, com velhas práticas e tentar limpar a barra via imprensa. Mas como Bolsonaro não tem freio e seu governo de extrema direita teve que fazer concessões e ajustes, a Nau sem rumo está adernando. Na época da COVID, tinha o discurso para que a economia não parasse. Podia ter comprado as vacinas e feito a maior campanha do mundo para sustentar seu discurso. O que aconteceu? Manteve o discurso, não comprou as vacinas, insistiu em tratamentos não comprovados pela ciência e por todo lado houve corrupção em todos os lugares do Ministério da Saúde e ao redor dele. A CPI não só marcou esse momento na história, como ficou na mente da população.
Logo em seguida, temos dois escândalos que estão marcados na mente da população. Toda a corrupção no Ministério da Educação, onde o ex-ministro, que Bolsonaro colocava a cara no fogo, ficou preso por envolvimento explícito nos casos. Não à toa, o presidente do senado quer evitar a explosão de mais escândalos que possuem vasta documentação para ser apresentada. Uma CPI neste momento teria muito desgaste que implicaria, de acordo com fontes na polícia Federal, em chegar ao presidente da república. Paralelamente, a crise da Caixa Econômica, vai além do modus operante bolsonarista de governar, com diversos crimes de Assédio Moral e Sexual, estamos diante de crimes lesa patrimônio com obras com dinheiro do banco para sua mansão.
A primeira dama, que seria uma possibilidade de trazer o voto feminino para o presidente, se transformou em uma dor de cabeça. Diante das investigações dentro da Caixa Econômica, acabaram saindo mais informações. Michele Bolsonaro tinha uma lista de empresários para serem favorecidos com juros baixos pelo ex-presidente e amigo de Bolsonaro, Pedro Guimarães. Michele, que foi responsável por colocar o ex-ministro Nilton Riberio no MEC, recebeu dinheiro público para cuidar de seu site pessoal. Por volta de duzentos mil reais. Sem contar a maior verba já paga para uma ONG na história do Brasil, que envolveu o ex-jogador Léo Moura. Aliás, Por quê a primeira dama recebeu R$89 mil de Queiroz e esposa?
Por todo lado, pipoca corrupção, ilicitudes de toda forma e que está respingando diretamente na reeleição do presidente e esvaziando a pretensão de votos de eleitores, inclusive de Bolsonaristas raiz. A saída está sendo gastar a rodo o dinheiro público, tentando comprar apoio de políticos, comprar canais de comunicação que antes eram “inimigos” do governo e todo tipo de gasto possível. A munição não vai terminar, mesmo com a nau afundando e a corrida ao palácio do planalto aumentará as tensões entre poderes e há expectativas de um novo Capitólio acontecendo no Brasil. A tentativa do presidente de ficar no poder, onde já fez até um pedido de intervenção ao presidente americano, continuará em todos os níveis, podendo chegar até a uma guerra civil. Enquanto isso, o povo passa fome e estamos cada vez mais á caminho de um Caos social.
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