A lista vermelha
Nesta malfadada relação constam nomes de professores, professoras e alunos e alunas acusados de serem comunistas, feministas, transexuais, lésbicas ou homossexuais. Professores que doutrinariam alunos ou que fariam apologia ao uso de drogas. Ou outros que estudam ou defendem a questão de gênero ou orientação sexual. Todos ameaçados de banimento da UFPE
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Fui surpreendido, na noite da última quarta-feira, com o envio de um panfleto anônimo e apócrifo, colocado sorrateiramente por baixo da porta do Diretório Acadêmico de História, intitulado: "DOUTRINADORES E ALUNOS QUE SERÃO BANIDOS DO CFCH". Incontinenti, começaram a chegar nesta página uma imensidão de declarações de apoio e indignação de amigos, amigas, alunos e alunas, condenando veementemente o conteúdo de tal lista.
Nesta malfadada relação constam nomes de professores, professoras e alunos e alunas acusados de serem comunistas, feministas, transexuais, lésbicas ou homossexuais. Professores que doutrinariam alunos ou que fariam apologia ao uso de drogas. Ou outros que estudam ou defendem a questão de gênero ou orientação sexual. Todos ameaçados de banimento da UFPE.
Devem estar desavisados. Há muito tempo, estudantes, professores e funcionários já convivem com a presença diuturna das polícias Civil, Militar e Federal (além da guarda patrimonial da instituição). A convite, aliás, do senhor reitor. Força policial que não garante ou protege a integridade física da comunidade universitária, sobretudo em situações de conflito que degeneram em pancadaria e desordem.
O grupo de assalto (neonazista) que se instalou aí, sob a liderança de um louco sionista, que aparece no Youtube portando armas e apontando para as pessoas, vive à espreita da realização de eventos considerados de esquerda, para colocar as garras de fora e inviabilizar esses encontros. Recentemente, num colóquio sobre o bicentenário de Marx, tivemos que organizar uma segurança interna preventiva, para evitar que esses bandidos perturbassem o evento.
É preciso que se diga que a reitoria da UFPE e a nossa ADUFEPE se mantiveram passivas quando o atual governador e o ex-ministro da Educação passaram a perseguir e processar professores e alunos. Nada fizeram. Não se manifestaram. Como se tais manobras persecutórias fossem simples questões pessoais, e não políticas e coletivas.
Agora, quando começam a surgir inquietantes indícios de ataque e ameaças à liberdade de cátedra e de pensamento, vêm dizer que repudiam tais violências e que vão procurar as autoridades para as devidas providências. Na verdade, o PANOPTICOM da cidade universitária já vem criminalizando há muito tempo as atividades legítimas de contestação de alunos e professores, que não concordam com o tipo de gestão do atuar reitor. Ele mesmo um perseguidor da liberdade de cátedra dos docentes e da liberdade de expressão dos discentes.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247