A Lava Jato superou qualquer teoria da conspiração
O combate ainda será longo, o mal inoculado na sociedade produz efeitos de longo prazo
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“Procurei o que era a maldade e não encontrei uma substância, mas sim uma perversão da vontade desviada da substância Suprema – de Vós, tendendo para as coisas baixas: vontade que “derrama as suas entranhas e se levanta com intumescência” (Ecles. X.9). (Conf. VII, 16 – Santo Agostinho)
Semana passada participei do “Boa Noite 247” (clique aqui para assistir), que tinha como tema a Lava Jato, especificamente os últimos vazamentos da Operação Spoofing, que trazia os diálogos jocosos dos Procuradores da República comentando sobre os acordos para que os EUA devolvessem ao Brasil parte do dinheiro que essas empresas pagaram, alguns preferiam que nem chegasse ao Brasil o dinheiro.
As revelações sobre o tratamento dos ativos, como também a confissão das relações inapropriadas da Lava jato com órgãos do governo dos EUA demonstram cabalmente o Crime Lesa-pátria, a indecente e promíscua relação de agentes públicos brasileiros com governos estrangeiros, tramando contra empresas brasileiras e o país.
Propus no programa um exercício um pouco diferente, não tratar desses trechos criminosos, mas um reviu completo de onde veio a Lava Jato, como se emponderou e de como chantageou a República, de como usaram de poderes jamais vistos, inclusive, bisbilhotar a vida de ministros de cortes superiores, para intimidá-los para fechar os olhos sobre o que faziam no dia a dia desse poder paralelo.
Mais, vi, com chateação, que a Lava Jato desmoralizou um dos esportes prediletos da esquerda e da direita: As teorias de conspirações.
Eles simplesmente confirmaram nos diálogos TUDO e muito mais um pouco, de que tantos de nós escreveu sobre o que era Lava Jato, seu caráter anti-Brasil, a sua submissão aos interesses dos EUA. Claro que escrevíamos como hipóteses, explicações, construções teóricas, infelizmente eles foram muito além da imaginação, o grau de relações espúrias, o completo descolamento da realidade, nenhum respeito ao Brasil, em nome de uma moral religiosa e reacionária de que combatiam a “corrupção”, praticando a corrupção como método.
Ao fim e ao cabo, concluo que a lava jato era composta por deslumbrados, invejosos com o Poder conquistado pelo PT e que eles não tinham, consciente ou não, agiram como prepostos de interesses escusos que pretensamente diziam combater.
Usaram de métodos notadamente fascistas, sem nenhum respeito à Constituição e às leis, criaram um código próprio de conduta que é vexaminoso e que merece um profundo estudo, pois se espalhou pelo judiciário e no modo de se fazer política, negando a política e destruído reputações e vidas, causando mortes direta ou indiretamente.
Um dos exemplos mais gritantes dessa incapacidade de aceitar as regras legais e de garantias, tivemos ontem ao inquerir Cristiano Zanin, o ex-juiz parcial, pergunta se ele concordava em que se deve usar de provas obtidas de firma ilegais para condenar “criminosos”, uma inversão moral, populista das garantias, em que os fins (criminosos) justificam os meios para punição de “criminosas”.
No fundo a sociedade da lava jato se moldaria por valores de conveniência de uma casta neofascista, com suas convicções (religiosas), mas olhando de perto, a perversidade vira a lei, os costumes e a moral doente de figuras como o ex-juiz e os ex-MPF que se alimentam de uma época canalha como a da década passada.
O combate ainda será longo, o mal inoculado na sociedade produz efeitos de longo prazo.
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