A juventude é o sol luminoso no céu nublado pelo golpe contra a democracia e o Brasil

O valor do movimento estudantil que constrói elos e alianças com todos os setores injustiçados da sociedade é absolutamente necessário. O caráter suprapartidário da luta estudantil é saudável desde que não despreze os partidos que sempre se envolveram na defesa da educação e dos direitos humanos

O valor do movimento estudantil que constrói elos e alianças com todos os setores injustiçados da sociedade é absolutamente necessário. O caráter suprapartidário da luta estudantil é saudável desde que não despreze os partidos que sempre se envolveram na defesa da educação e dos direitos humanos
O valor do movimento estudantil que constrói elos e alianças com todos os setores injustiçados da sociedade é absolutamente necessário. O caráter suprapartidário da luta estudantil é saudável desde que não despreze os partidos que sempre se envolveram na defesa da educação e dos direitos humanos (Foto: Dom Orvandil)


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Querido Prof. Thiago Vaz, Judiai, SP

Sou-lhe imensamente agradecido por sua manifestação de apoio em relação ao meu canal no YouTube.

Ao me contar que é judeu praticante mas que se sente alimentado com as mensagens saídas da consciência de um bispo cristão é sinal maravilhoso de boa vontade entre as pessoas.

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O sentido ecumênico aumenta com seus pais se convertendo ao um movimento evangélico. Porém, por não encontrarem espaço hoje se reúnem com cristãos originários de várias tradições cristãs.  Leem e estudam textos do teólogo Leonardo Boff e de outros teólogos ecumênicos e progressistas. Participam de círculos bíblicos, com cuja decisão o amigo é solidário participativo.

O mais interessante, caro prof. Thiago, é sua inquietação com os membros da sinagoga judaica daí pela postura sionista deles, tremendamente discriminatória com os palestinos.

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Junto ao seu desconforto profético com as injustiças, embalado por militância progressista na construção de sociedade mais democrática e justa, o grito da juventude secundarista e universitária brasileira.

Numa circunstância obscura e de desesperança para muitos brasileiros eis que se levanta Ana Júlia Pires Ribeiro na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná e aponta que a única saída é a mobilização e a ocupação das escolas públicas.

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A partir daquela jovem franzina centenas de artigos, postagens, vídeos e matérias de fôlego são construídas para lembrar que a juventude sempre foi a primeira a agir nos momentos mais pesados e críticos em nosso País durante toda a sua história.

Desde a sua primeira grande aparição Ana Júlia busca afirmar mais a importância do movimento, do coletivo e da organização democrática, com debates aprofundados do que os indivíduos.

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O valor do movimento estudantil que constrói elos e alianças com todos os setores injustiçados da sociedade é absolutamente necessário. O caráter suprapartidário da luta estudantil é saudável desde que não despreze os partidos que sempre se envolveram na defesa da educação e dos direitos humanos, ao contrário do que fazem os de doutrina neoliberal, de direita e fascista, que se juntam ao golpe que levou o usurpador Temer ao poder.

O movimento estudantil carrega em sua força os apoios das famílias, de muitos outros setores da sociedade a até de filhos de policiais que servem às ordens de juízes e governantes fascistas que impõem a barbárie dos abusos e maus tratos à adolescentes e jovens, como acontece em todo o Pais, notadamente sob governadores neoliberais como os do Paraná, Rio Grande do Sul, de São Paulo e de Goiás.

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Esses governos historicamente agem frente às lutas sociais com  desrespeito aos direitos de protestar e de reivindicar, mas como se fossem problemas policiais.

Porém, é bom recordar, a juventude nunca desanima nem arrefece a luta. A juventude derrotou ajudou a derrotar a colonização na América Latina e esteve na sua linha de frente.  Quem fez a revolução em Cuba foram jovens estudiosos, preparados, cultos e arduamente disciplinados. Todos sabiam dos ricos de morte em face de forças furiosas dos opressores e bandidos apegados aos privilégios dos exploradores. Alguns foram imolados e seu sangue entregue no altar da luta produziu frutos da justiça social.

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Na libertação dos escravos e na luta pela independência em relação com os países colonizadores quem lutou sem temer a morte foram os jovens, sempre resolutos e bravos.

Mesmo que estupida e burramente o golpista MiShel Temer tenha sido desrespeitoso, mal educado e grosso, bem ao estilo da burguesia apodrecida, ao dizer que os estudantes não sabem o que é a PEC 241/55 e que não sabem porque lutam, nossos jovens sabem muito bem o conteúdo do que buscam e da proposta de País com o qual sonham.

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O movimento estudantil dá cria e gera novas lideranças, cada vez mais jovens.

O Rio Grande do Sul indica articulações fortes do movimento secundarista com seus novos líderes, que sabem o que dizem e contra quem discursam.

A jornalista Fernanda Canofre do site Sul21 conta que “no dia de paralisação geral que mobilizou classes de educação, segurança pública, transporte em todo o país, uma audiência pública convocada por deputados Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul lotou o auditório Dante Barone com professores, estudantes, movimentos sociais e deputados estaduais e federais do Estado, para discutir os efeitos da PEC 241 – agora 55, no Senado, a PEC do teto de gastos – e da MP 746 – que propõe a reforma do ensino médio em todo o país.”

Para surpresa, emoção e entusiasmo de todos o discurso da estudante de 15 anos, Manu Schonhofen, do Instituto Sul de Pelotas,  levantou a plateia.

A denúncia e o que disse a adolescente secundarista é testemunho da profundidade e seriedade coletivas do movimento: “Essa PEC afeta as crianças, os jovens, as futuras gerações que terão de contar com um serviço público ainda mais precário. Como uma reforma do Ensino Médio? O nome disso é sucateamento da educação pública. A crise educacional no Brasil não é uma crise, é um projeto. Como se isso não bastasse, temos um PL 867, que visa exterminar o pensamento crítico. Isso é inadmissível, intolerável, nós somos o futuro desse país”, afirmou Manu. “Contamos ainda com um presidente que, além de golpista, desmoraliza a juventude e diz que ela nem sabe porque está lutando. Nós sabemos o porquê de estarmos aqui, ele que não sabe o que é voto. A gente conta também com uma mídia manipuladora e que não sabe praticar o jornalismo independente. Um MEC (Ministério da Educação) autoritário que pede sem nenhum motivo cabível a identificação dos alunos ocupantes. Um MEC que esquece de apontar os Institutos Federais no ranking do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Um Congresso que permite essa afronta. Consertar o Brasil, senhores deputados, é tirar os direitos de quem não tem? Quem somos nós afinal? Aqueles que nos chamam de manipulados, quando a gente decide começar a participação na vida política, são os mesmos que dizem que jovem é emancipado, que jovem sabe o que faz quando o interesse é a redução da maioridade penal. Se decidam. E volto a afirmar, educação não é gasto, educação é investimento. Eu, como estudante secundarista, com orgulho participante da primavera estudantil, da primavera secundaristas, digo para vocês: isso é só o começo” (mais aqui).

Enfim, ao lado deputados/as estaduais, federais e professores/as os e as estudantes afirmaram a disposição de jamais pararem a mobilização até que que o golpe contra a educação e os direitos sociais seja derrotado.

O capitalismo receita os caminhos das drogas, da marginalização, das futilidades consumistas e das balas das policias do Estado terrorista nas  mãos desumanas da burguesia neoliberal decadente. Nossos estudantes secundarista e universitários, ao contrário, escolhem os rumos dos sonhos e da luta por uma sociedade justa. Gritam: “lutar não é crime”! Devemos apoiá-los em nome do bom senso e do futuro que eles arrastam para o presente ocupando escolas, as ruas e iluminando a luta!

A força e as vozes de estudantes tão jovens são necessariamente como o sol que chama para a luminosidade da luta a todos os setores da sociedade, mesmo contra todo o massacre desta mídia que tenta esconder o movimento com o objetivo de manter a população brasileira na obscuridade e na alienação.

Do blog Cartas Proféticas

Foto: Guilherme Santos/Sul21

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