A imprensa falaciosa e um centro político desbalançado

Essa mesma imprensa avalia que o castigo está vindo a cavalo em relação à queda de populistas de extrema-direita, porém desconsidera que em todos os casos mundo afora, incluindo o nosso, o populista lá chegou também pelo voto e devido a arranjos estapafúrdios



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O bolsonarismo de extrema-direita jogou todas as demais correntes à esquerda e até partidos de direita, como o PSDB, são rotulados como de centro pela chamada grande impressa. A análise contida em editoriais que apontam um “centro estreito” ainda considera os tucanos como força política atuante, quando o que se vê é o estabelecimento de pessoas e não de partidos, infelizmente. Lembremos que Ciro Gomes promove uma terceira via desde que seja ele o candidato, independente de qual espectro de partidos o apoie.

Mais uma vez a neoarrependida Catarina Rochamonte até reconhece seu voto indigesto em Bolsonaro, mas as características que ela hoje imputa ao presidente já estavam presentes e explícitas no candidato em 2018, não adianta rotular que hoje se descortine o cemitério moral do bolsonarismo. Não convence. Ainda mais que não consegue falar da tragédia atual sem contrapor com governos anteriores petistas, colocando-os no mesmo patamar. A articulista precisa entender que esse jogo falacioso tem cada vez menos adeptos.

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Essa mesma imprensa avalia que o castigo está vindo a cavalo em relação à queda de populistas de extrema-direita, porém desconsidera que em todos os casos mundo afora, incluindo o nosso, o populista lá chegou também pelo voto e devido a arranjos estapafúrdios. No Brasil, como o TSE não julgou o crime eleitoral praticado pela chapa Bolsonaro-Mourão, visivelmente beneficiada pelos disparos em massa de fake news contra concorrentes, vivemos a ilusão da legitimidade do poder instituído. Fosse cassada logo quando denunciada, teria nos poupado de muitos dissabores e mortes. E a ladainha da fraude eleitoral já está sendo contada antes mesmo da eleição de 2022, eleição essa que, esperamos, nos livrará desse mal.

O próprio ministro Luís Roberto Barroso tem feito defesa da segurança e integridade das urnas eletrônicas, considerando como desinformação e retrocesso os ataques bolsonaristas a nosso processo eleitoral. A falácia dos que defendem voto impresso vai além da criação de solução onde não há problemas, pois como será a verificação pelo eleitor deficiente visual ou analfabeto? A impressão “auditável” deverá ser com foto colorida de todos os votados e com algum contato manual para a conferência em braile? No entanto, além da altivez, é o mesmo ministro presidente do TSE que nada fez quanto ao julgamento da cassação da chapa presidencial.

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