A hora é de juntar forças e combater o obscurantismo
As manifestações que tomaram conta do país no dia 15 de maio tiraram da letargia enormes contingentes populares que pareciam adormecidos pós vitória de Jair Bolsonaro; inúmeras cidades de todos os estados foram às ruas demonstrar seu repúdio e indignação com as ameaças de cortes nos já combalidos orçamentos da educação brasileira
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As manifestações que tomaram conta do país no dia 15 de maio tiraram da letargia enormes contingentes populares que pareciam adormecidos pós vitória de Jair Bolsonaro. Inúmeras cidades de todos os estados foram às ruas demonstrar seu repúdio e indignação com as ameaças de cortes nos já combalidos orçamentos da educação brasileira.
Como sempre na história da república no Brasil, foram os estudantes secundados pelos professores e a intelectualidade a assumirem a dianteira do processo político. Mesmo fenômeno se deu nas primeiras passeatas e atos públicos contra a ditadura instalada em 1964 e na pujante campanha das direitas já, cujos diretórios dos estudantes, DCEs, e as reconstruídas UNE e UBES e UEEs colocaram inicialmente o bloco nas ruas.
Não custa lembrar, que o movimento dos “caras pintadas” iniciado também nas hostes estudantis foi o estopim que deu fim ao descalabro que foi o governo de Fernando Collor, que também ancorado em um projeto neoliberal de ocasião e no péssimo relacionamento com o Congresso Nacional viu o naufrágio dos seus planos econômicos irem ladeira abaixo, levando de roldão o governo.
No caso de Bolsonaro, a história da sinais de se repetir.
Desde que assumiu o mandato o atual presidente não desceu do palanque. Usa continuamente suas redes e de seus seguidores para difundir confusões em suas próprias fileiras e a atacar os adversários políticos: reais e imaginários.
Comporta-se como se tivesse sido ungido pelo destino, para governar o Brasil ao seu bel-prazer. Como na política não existe espaço vazio seus desatinos foram acumulando insatisfações de parte a parte, tendo como corolário maior o ataque a educação e aos estudantes.
Ao desafiar a juventude, Bolsonaro pagou pra ver e viu que a insatisfação com os desacertos de seu governo já é uma realidade, apesar de seus parcos 5 meses de mandato.
Bravateiro de quatro costados o capitão é obrigado a encarar o dissabor de ter que governar em uma democracia, coisa que os militares não tiveram que experimentar já que nas suas experiências de governo mantiveram o país sob o manto do obscurantismo e da ditadura, cassando mandatos, censurando a opinião e reprimindo os adversários.
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