A grande derrota da Globo e a vitória de Lula
"Apesar da campanha sórdida movida contra Lula sobretudo no decorrer do ano passado, protagonizada por procuradores e juízes aliados à mídia sob liderança da Rede Globo, envolvendo TV aberta, TV fechada, jornais, revistas, rádios, sites, o diabo a quatro, apesar da condenação pelo tríplex que nunca foi dele a 12 anos e um mês de prisão, apesar de estar encurralado por setores autoritários do Poder Judiciário, nenhum enredo de nenhuma escola de samba esculhambou Lula, embora algumas tivessem esculhambado Temer, Cabral, Crivella e não tivessem faltado malas suspeitas em vários desfiles", observa o colunista Alex Solnik
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O povo brasileiro – embora falar genericamente seja sempre marcar um encontro com o equívoco – pode não ter ido à escola, pode não saber bulhufas sobre política e ideologia, mas sabe separar o joio do trigo.
O povo brasileiro, e especialmente o carioca, que é chegado a uma piada, a uma esculhambação, a uma irreverência e o carnaval é a época para extravasar tudo isso sabe muito bem quem está ao seu lado e quem está contra ele.
Apesar da campanha sórdida movida contra Lula sobretudo no decorrer do ano passado, protagonizada por procuradores e juízes aliados à mídia sob liderança da Rede Globo, envolvendo TV aberta, TV fechada, jornais, revistas, rádios, sites, o diabo a quatro, apesar da condenação pelo tríplex que nunca foi dele a 12 anos e um mês de prisão, apesar de estar encurralado por setores autoritários do Poder Judiciário, nenhum enredo de nenhuma escola de samba esculhambou Lula, embora algumas tivessem esculhambado Temer, Cabral, Crivella e não tivessem faltado malas suspeitas em vários desfiles.
Não teve pixuleco. Não teve Lula presidiário. Não teve Lula carregando mala. Não teve tríplex. Não teve sítio. Nem no sambódromo do Rio, nem nas ruas do Brasil.
Mas teve Temer vampiro. Teve pato amarelo. Teve negros e brancos engaiolados. Teve Cabral na festa dos guardanapos. Teve Crivella taxado de inimigo do carnaval – e, portanto, inimigo do povo.
É um fenômeno a analisar. O discurso do Lula bandido, Lula pixuleco, Lularápio, muito repetido como um dogma, pelos alto-falantes da Globo, não colou no povo até agora.
Por mais que esse povo dê audiência à Globo, por mais que fique hipnotizado com as novelas, por mais que assista ao Caldeirão do Huck, ao BBB e a outras aberrações, a Globo não fez a sua cabeça. Não conseguiu convencê-lo de que Lula tem que ser destruído.
O povo acredita nas novelas, mas não acredita no Jornal Nacional.
Quem quer a destruição de Lula não é o povão, que não tem instrução, mas tem sabedoria; é a classe média - instruída, mas obtusa.
Essa é a grande derrota que a Globo não conseguiu esconder no carnaval.
E a grande vitória de Lula.
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