A Fiesp não irá ao 7 de setembro
"Ex-futuro candidato de Bolsonaro ao governo de São Paulo, Skaf não ficou na calçada ao lado do presidente; ficou na calçada da democracia. Porque sabe que, se já está ruim desse jeito, se Bolsonaro - Deus nos livre e guarde - virar ditador e mandar sozinho aí vai tudo pra cucuia de vez", escreve o jornalista Alex Solnik
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pelas Democracia
Gostei da carta/manifesto de apenas cinco parágrafos, intitulada “A praça é dos Três Poderes”, liderada pela Fiesp e pela Febraban e assumida por mais de 200 entidades empresariais que seria divulgada amanhã, depois adiada e finalmente vazada hoje mesmo.
É um evidente pito em Bolsonaro. Em resumo, diz para ele parar de perturbar a praça dos Três Poderes porque assim tudo vai de mal a pior. Diz para ele se comportar dentro da constituição. Sem ameaçar os outros. O clima para os negócios está péssimo.
Não é ultimatum nem pedido de impeachment. Mas os signatários detêm boa parte do PIB nacional. Financiam campanhas de deputados e senadores. Emprestam ao governo. E o fato é que quem assinou é contra Bolsonaro e quem não assinou é a favor. O PIB rachou!
Não à toa o Lira pediu pelo amor de Deus pro Skaf adiar o lançamento da carta. Skaf adiou, mas disse que foi para angariar mais adeptos. E, no final, o texto vazou. Então nem precisa lançar mais.
Ex-futuro candidato de Bolsonaro ao governo de São Paulo, Skaf não ficou na calçada ao lado do presidente; ficou na calçada da democracia. Porque sabe que, se já está ruim desse jeito, se Bolsonaro - Deus nos livre e guarde - virar ditador e mandar sozinho aí vai tudo pra cucuia de vez.
A Fiesp, cartão postal da avenida Paulista, não vai ao 7 de setembro de Bolsonaro. Na Paulista.
E esta é uma boa notícia para a democracia.
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