A farsa da recuperação da economia vendida pela Globo

A recuperação do emprego é uma farsa. O que está sendo criado de novo são os subempregos e os trabalhos (desesperados) por conta própria, agora estimulados pela chamada reforma trabalhista, em sua essência estratégias de sobrevivência dos que não tem vocação ou coragem para roubar ou entrar para o tráfico

A recuperação do emprego é uma farsa. O que está sendo criado de novo são os subempregos e os trabalhos (desesperados) por conta própria, agora estimulados pela chamada reforma trabalhista, em sua essência estratégias de sobrevivência dos que não tem vocação ou coragem para roubar ou entrar para o tráfico
A recuperação do emprego é uma farsa. O que está sendo criado de novo são os subempregos e os trabalhos (desesperados) por conta própria, agora estimulados pela chamada reforma trabalhista, em sua essência estratégias de sobrevivência dos que não tem vocação ou coragem para roubar ou entrar para o tráfico (Foto: Jose Carlos de Assis)


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A recuperação do emprego é uma farsa. O que está sendo criado de novo são os subempregos e os trabalhos (desesperados) por conta própria, agora estimulados pela chamada reforma trabalhista, em sua essência estratégias de sobrevivência dos que não tem vocação ou coragem para roubar ou entrar para o tráfico. O excelente site da CTB, a central dos comunistas, mostra os números. Em contrapartida, o Jornal Nacional da Globo exibiu ontem por vários minutos, como episódio relevante de recuperação do emprego formal, a contratação no ano de seis pessoas numa empresa paulista.

É verdade que algumas montadoras estão contratando empregados com olho nas oportunidades de exportações, sobretudo na América do Sul. A propósito, este é o único mercado industrial relevante que temos, o Mercosul, e que a política de Temer quer entregar à União Européia num infame acordo de livre comércio que nos asfixiará na parte industrial e tecnológica. Seria bom que as montadoras vendessem lá fora em função de uma estratégia permanente, mas o fato é que exportam porque não tem mercado interno.

Não vejo nenhuma possibilidade de criação líquida de emprego formal sem uma forte recuperação da economia. E não obstante a propaganda indecente que o Governo faz de que estamos em plena recuperação, não há por enquanto nenhum indicador que o confirme. A prova dos nove será tirada no próximo dia 17, quando o IBGE divulgar os números do PIB. Tudo indica que teremos crescimento zero ou próximo de zero. Dos componentes do PIB, pelo que se sabe, Consumo, Investimento e Gasto Público ainda estão caindo.

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Do lado das exportações, depois de desempenharem papel relevante nos dois primeiros trimestres do ano, as exportações de commodities agrícolas devem se arrefecer. De onde, pois, virá o crescimento propalado pelo Governo? Ele deliberadamente reduz o gasto público, desestimula o investimento privado (vide o que fez com a TJLP e com o conteúdo nacional da cadeia de petróleo), deprime o consumo; as exportações de bens industrializados, salvo a pequena oscilação dos automóveis, não compensam as importações que o Governo estimula com sua estúpida política cambial que só atende aos interesses da máfia financeira.

Veremos o que acontece no dia 17. Talvez o Governo tente apressar a votação da chamada reforma da Previdência antes da exibição dos números do PIB. Por causa do bom comportamento do agronegócio, ele tentou vender a idéia de que estamos em plena recuperação, o que promoveria a confiança numa política econômica, sob outros ângulos, totalmente fracassada. Muitos parlamentares da base do Governo comprariam o diagnóstico da retomada para justificar a entrega do sistema previdenciário ao setor privado. Prevendo números negativos que os desanimem, Temer pode querer atirar antes!

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Homenagem a Cancellier – Por falar em Jornal Nacional, esse canal de manipulação de consciências se omitiu descaradamente na cobertura da homenagem pelo Congresso ao reitor Cancellier, da UFSC, o qual, sob infame pressão de abuso de autoridade, foi levado a suicídio. Para a Globo, uma das maiores manifestações congressuais de desagravo a arbitrariedades policiais, do Ministério Público e da Justiça, e também da própria Globo, reunindo notável participação suprapartidária, simplesmente não existiu. Daqui a algumas décadas, essa prostituta da liberdade de imprensa  apresentará ao grande público suas desculpas, como aconteceu recentemente em relação a seu apoio à ditadura de 64.

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