A essência do Jornalismo sadio em “Spotlight”, que a Grande Mídia do Brasil precisa aplicar
Os últimos tempos têm produzido no País uma sequência de postura editorial, assumida pelos maiores veículos de comunicação, a decepcionar nossa História de jornalistas e de empresas com reconhecimento nacional e internacional pelo exercício da Ética, sobretudo

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Os últimos tempos têm produzido no País uma sequência de postura editorial assumida pelos maiores veículos de Comunicação instalado no eixo Rio – Brasilia – São Paulo, de sorte em muitas das principais cidades, a decepcionar nossa História de jornalistas e de empresas com reconhecimento nacional e internacional pelo exercício da Ética, sobretudo.
É que a posição parcial e inquisitória recente da Mídia assumindo o papel da Oposição partidária com consequência retrógrada e violenta dos Meios contra personalidades e setores prova que todos, em especial quem é da Midia brasileira e muitas autoridades, precisam assistir, refletir e adotar o mesmo procedimento comum no filme "SPOTLIGHT – Segredos revelados", cujo conteúdo revelando a (im)postura da Igreja Católica seduzindo e estuprando crianças gerou um dos maiores escândalos da fase recente.
Em tempo, lembremos que a abordagem agora posta não ignora a competência dos profissionais dos diversos segmentos da Comunicação brasileira, de forma alguma, entretanto, o foco do que se quer chamar a atenção se volta apenas para o exercício decente do Jornalismo mesmo tratando de grave problema, como narra o filme, em torno da Pedofilia praticada por padres católicos americanos, mas se aprofundando na cobertura diante de provas fossem contra quem fosse.
A essência, repito, está na postura editorial do veículo, no caso o jornal "The Boston Globe", que não se intimidou contra tantas ameaças de gente poderosa ao adotar procedimentos jornalisticos éticos de checar e ouvir fontes, obter documentos especiais, assegurar o Contra-ponto, enfim, fazer o que ultimamente setores da Mídia nacional não tem feito.
DE AGORA EM DIANTE
Enfim, já que passamos do Carnaval, eis que o Brasil volta à normalidade precisando ajustar diversos procedimentos para reaquecer a economia e superar as crises políticas advindas de Brasilia, de Curitiba e do Sudeste brasileiro como um todo.
Com a retomada dos trabalhos legislativos, por exemplo, aguarda-se do Congresso Nacional que resolva de vez seus graves problemas e aos partidos que saibam assumir com brasilidade o papel de cada um – sendo Governo ou Oposição.
À Midia, que não tira o ex-presidente Lula nem a presidenta da República, Dilma Rousseff, da mira por questões de política editorial e de estratégia mesmo na busca de apear os lideres petistas e o PT, certamente que pouco se verá de diferente do produzido até agora, entretanto, o mínimo esperado é assegurar o contraditório e o direito legitimo de Resposta à quem comprovadamente estiver sendo flagrado inocente ou sem provas diante de acusações.
Bastava (e basta) que apenas seja exercido o Jornalismo do "The Boston Globe" – tem até coincidência no nome -, para que se conviva com os fatos sem maquiagem nem manipulação, que tanto mal faz.
ANTES QUE ESQUEÇA
Cremilda Medina, uma das mais estudiosas professoras de Comunicação do País, já dizia em seu livro histórico "Noticia, um produto à venda", que essa mistura de comercial e editorial sempre resulta em problemas a afetar o conteúdo.
Se isso for pouco, realcemos o Mestre Cláudio Abramo, também sempre a lembrar, que no Brasil não existe Liberdade de Imprensa, mas Liberdade de Empresa.
Tenho dito.
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