A “Esquerda" navega para o naufrágio
Não há saída se não a unidade das forças progressistas para reverter o quadro caótico que passa o Brasil
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O processo criativo não necessariamente se encerra na genialidade do escritor; extrapola a ideia proferida no vernáculo. Assim, fez o português Fernando Pessoa, quando cunhou a expressão “Navegar é preciso”.
A esquerda brasileira voltou ao poder - após 21 anos de ditadura - com a eleição de Luís Inácio Lula da Silva, em 2002.
Novos mares se abriram e a nau navegou por oceanos desconhecidos, com uma tripulação estranha. Figuras oligárquicas tomaram postos importantes, conversas não republicanas se alvitraram, práticas seculares se mantiveram; mas, a distribuição de renda e o desenvolvimento social também ocorreram.
A continuidade da navegação por mares estranhos não arrefeceu os “donos do poder”, e o amotinamento e as conspirações se avolumaram com grande força e ajuda da capitã, agora representada por Dilma Rousseff.
Até que a junção de alianças de um Congresso Nacional conservador, do Poder Judiciário, e de um monopólio midiático deram o golpe. (prática comum das classes dominantes no Brasil, quando alguns dos seus interesses são contrariados.)
A história pretérita e os ditos populares são pródigos em alertar sobre as conseqüências nefastas de atos e ações como essas.
Contemporaneamente, a esquerda sofre o revés do golpe. Assiste, na defensiva, o crescimento do fascismo e da negação da política. E pior ainda, age irresponsavelmente rumo ao naufrágio, ataca aliados e preserva adversários, cumpre o ritualismo perfeito de ser uma esquerda que a direita gosta.
Não há saída se não a unidade das forças progressistas para reverter o quadro caótico que passa o Brasil; mas uma unidade plausível.
Fato é que o maior líder hoje das forças progressistas está preso e enfrenta inúmeros processos, o que o impede de concorrer.
A aspiração ou a ilusão de que Lula dispute as eleições em nada colabora com a formação de uma frente de esquerda capaz de vencer o pleito. Não é razoável colocar agremiações partidárias acima do interesse nacional. Isto representa arrogância e apequenamento das forças progressistas.
Negar as eleições, do mesmo modo, contribui para a manutenção desta classe dominante no comando do Brasil.
É preciso sair desta infantilidade hegemonista.
É urgente agir com responsabilidade e imprescindível romper com as velhas oligarquias, digo, o MDB.
É indispensável apresentar uma agenda de desenvolvimento ao povo.
Afinal, se continuarmos com essa birra, caminharemos em direção ao grande naufrágio.
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