A esquerda, especialmente o PT, sai derrotada das urnas?
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A resposta depende sempre do ponto de vista. Pelo número de prefeituras conquistadas, não há dúvidas. Ainda que o PT esteja na vice-prefeitura de Belém conquistada pelo PSOL, não comandará nenhuma capital pelos próximos quatro anos.
Porém, comparando o número de habitantes a ser comandados pelos partidos, o PT manteve o valor de 2016, ou seja, 6 milhões de pessoas.
Nesse aspecto, PSB e PDT tiveram a maior perda do campo democrático. Juntos comandavam 29 milhões em 2016 e, agora, passaram a comandar 20 milhões de habitantes, diminuição de mais de 30%.
PCdoB e PSOL que juntos comandavam um pouco menos de 3 milhões em 2016 passam agora a um total de 2,5 milhões, com crescimento vertiginoso do PSOL.
Assim, há rearranjo no campo democrático e tíbia manutenção do PT.
Partidos pequenos praticamente foram banidos do comando das cidades, como PMN, PRTB, PTC, DC e PMB, que chegaram a comandar mais de 8 milhões de pessoas e agora no total não chegam a 400 mil cidadãos.
O conjunto PV + REDE também minguou de 4,8 milhões para meros 1,3 milhão.
Os partidos fisiológicos e de direita (Centrão, PSDB, DEM, MDB, PSD e um longo etc) foram os maiores vencedores que elevaram seus comandados de 168 milhões em 2016 para 183,5 milhões em 2020, com o destaque para a queda acentuada de PSDB (30%) e MDB (9%). Houve forte pulverização da direita, com reascensão do DEM e PSD que juntos praticamente dobraram o número de habitantes comandados em 2020 em relação a quatro anos atrás.
Em valores arredondados, a direita (ou não-esquerda, incluindo o nebuloso “centro”) comandará 86% da população e a esquerda 14%. A fragmentação e a indecisão da direita levou à eleição da extrema-direita em 2018, refutada nas urnas em 2020. A esquerda somente será competitiva se apresentar um projeto conjunto, tanto para seus 28,5 milhões de munícipes a partir de 2021, como para o Brasil de 2022.
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