A esquerda e o confronto físico com os fascistas

O ovo totalitário da serpente, cuidadosamente chocado pelo monopólio da mídia durante o mensalão e as chamadas jornadas de junho de 2013, deu à luz a uma quantidade considerável de criaturas descerebradas, que babam de ódio e intolerância diante de qualquer ser humano que cometa o crime de não pensar como elas



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"Ano que vem, durante a campanha eleitoral, as milícias fascistas vão tentar nos expulsar das ruas. E não faz parte das melhores tradições de luta da esquerda ser posta para correr por hordas nazifascistas. Nós vamos ter que enfrentá-los também fisicamente", alerta o deputado Wadih Damous.

A preocupação do parlamentar faz todo sentido, afinal, o ovo totalitário da serpente, cuidadosamente chocado pelo monopólio da mídia durante o mensalão e as chamadas jornadas de junho de 2013, deu à luz a uma quantidade considerável de criaturas descerebradas, que babam de ódio e intolerância diante de qualquer ser humano que cometa o crime de não pensar como elas.

Por isso, crescem de forma vertiginosa em nosso país os ataques racistas, a censura a obras artísticas, as manifestações explícitas, e cada vez mais violentas, de preconceito contra negros, indígenas, mulheres, LGBT e pobres em geral. O número de feminicídios no Brasil está entre os mais altos do mundo, enquanto brasileiros são agredidos e assassinados simplesmente por sua orientação social.

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Esses tempos de trevas na área do comportamento atingiram em cheio o mundo da política, como subproduto da campanha para apear o PT do governo, que culminou como o golpe midiático-judicial-parlamentar de 2016.

Reparem como é comum o indivíduo racista ter na ponta da língua o discurso do ódio ao PT, assim como a repulsa a tudo que lembra inclusão social, causas coletivas, igualdade de oportunidades, soberania nacional, cotas raciais e sociais, soberania popular, patrimônio público, riqueza nacional, direitos da classe trabalhadora e programas sociais é uma espécie de marca registrada de grande parte dos homofóbicos, misóginos e moralistas sem moral.

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Voltando às eleições de 2018, há claros indícios de que os seguidores do candidato à presidência Jair Bolsonaro, expressão institucional mais acabada dos valores mais nefastos que a alma humana pode abrigar, protagonizarão episódios de violência durante a campanha. Quem será capaz de convencer um bolsonarista de que eleição em qualquer país que se pretenda civilizado e democrático deve ser encarada como um período privilegiado para o debate de ideias e a disputa de projetos para o país?

Vejo com pessimismo a possibilidade de os aficionados de Bolsonaro se curvarem às regras democráticas por uma simples razão: isso não faz parte do DNA deles. No entanto, por uma questão de justiça, é importante reconhecer que os adoradores do capitão que foi expulso do Exército não detêm o monopólio da bestialidade. Muitos, na esfera do conservadorismo, embora o rejeitem como político por um motivo ou por outro, destilam ódio na mesma intensidade.

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Tudo isso somado aponta para uma eleição com um nível de radicalização jamais visto. Os militantes de esquerda e do campo democrático que não subestimem o que está por vir. E, para honrar tantos antepassados que deram seu sangue generoso pela liberdade e por uma sociedade mais justa e igualitária, a esquerda deve se pintar para guerra. Bem no popular : se quiserem debate, terão debate, mas se quiserem porrada, terão porrada.

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