A esperança venceu o ódio
Dilma mostrou que é dura na queda. Sofreu uma sequência de ataques que estão entre os mais violentos e virulentos de que se tem notícia na história do País. Um dos mais infames foi a tentativa de gol de mão perpetrado pela Veja

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A vitória revela a força de seu governo e do legado das duas presidências de Lula.
Dilma mostrou que é dura na queda.
Sofreu uma sequência de ataques que estão entre os mais violentos e virulentos de que se tem notícia na história do País.
Um dos mais infames foi a tentativa de gol de mão perpetrado pela Veja, aquela que já está se tornando mais conhecida como "a revista da Marginal Pinheiros".
Dilma que se cuide, o PT que fique esperto e o país que se conscientize e se mobilize.
A oposição foi derrotada. O golpismo, não.
A presidenta precisa antecipar a formação de seu novo governo, arrumando a casa para um novo mandato.
Mais importante, precisa sair do isolamento de Brasília, circular mais pelo país, manter contato mais direto com o povo brasileiro, com as organizações sociais, com governadores, prefeitos e com todos os que podem garantir sua governabilidade social.
O segundo mandato de Dilma precisará de uma politização permanente e de uma comunicação à altura para fazer frente à tentativa permanente de desmoralizá-la, desestabilizá-la e levá-la ao "impeachment". Alguém tem dúvida de que esse é o plano dos adversários?
A vitória da candidata do PT mostra o quanto a democracia brasileira está melhor informada, mais consciente e mais avessa às tradicionais tentativas de manipulação de eleitores.
Todavia, o resultado apertado mostra que o principal adversário a ser vencido não é apenas um partido: é o ódio, o preconceito, a intolerância.
O recado das urnas é claro: os eleitores querem um governo com prioridade para os pobres, com especial atenção às regiões mais pobres e carentes em infraestrutura; um governo que proteja os trabalhadores e garanta o emprego; que reduza a inflação e os juros pagos ao sistema financeiro; um governo que melhore a qualidade dos serviços públicos e a aperfeiçoe a regulação sobre o setor privado; um governo que trave um combate sem tréguas à corrupção e à impunidade.
Essas razões deram a vitória a Dilma.
Falta derrotar o golpismo. Falta fazer valer, nas ruas, o resultado das urnas, enfrentando aqueles que tentarão jogá-lo no lixo.
Por ora, a esperança venceu o ódio.
(*) Antonio Lassance é cientista político.
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