A energia que move o mundo, se for preciso faz a guerra

De tudo que se viu nas últimas duas semanas, uma certeza: a energia assim como move, pode também acabar com o mundo

(Foto: REUTERS/Nick Oxford)


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De tudo que se viu nas últimas duas semanas, uma certeza: a energia assim como move, pode também acabar com o mundo. Os conflitos entre Rússia e Ucrânia são antigos, mas sempre estiveram lá. O que fizeram os grandes interesses, bélicos ou energéticos, foi aproveitar o momento e por no tabuleiro da geopolítica a confortável e ameaçadora situação da Rússia com suas reversas de gás e petróleo. Basta acompanhar o salto que deu o preço do barril do petróleo. 

Aos olhos do mundo a pujante Europa mostrou suas fragilidades diante da dependência energética que tem.  Seu principal parceiro econômico e militar, os EUA, aproveitou a deixa e virou ucraniano desde criancinha. Com isso o cenário pró guerra estava pronto, era só riscar o fósforo - o que prontamente Putin fez. Independente da tragédia humana em curso, todos sabiam as consequências. Como todos sabem o papel de cada um nesse crescente conflito desumano e violento.

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Na última sexta-feira, 4, a usina nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa, foi invadida pelo exército russo. Em breve, outras serão. A Ucrânia, depois da França, é quem tem o maior número de usinas nucleares em operação na região. E Putin sabe disso melhor que ninguém. Para as mentes que só pensam em guerra, dominação e poder, as condições estão dadas.

Para nós que somos da paz, só resta um caminho - a ciência. Em vez de gastar em armas trilhões de dólares/ano, que podem acabar com o nosso planeta, investir em pesquisa que tratem a energia como um bem de todos. Ao pautar esse desafio com um olhar global, humanista e sustentável - está se tirando a condição de poder e de dominação dos tiranos.

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Duas linhas de pesquisa estão em curso e vão nessa direção: a da energia gerada fora da Terra e da energia gerada no interior da Terra. Como se fossem dois filmes de ficção do Spielberg, os estudos mostram a possibilidade de sermos atendidos no futuro por fontes alternativas e infinitas de energia. Uma que viria da energia do Sol e a outra do calor da Terra. Embora esteja tratando  de uma tecnologia para as próximas décadas, não deixa de ser um alento. O risco que representa para a sociedade líderes doentes no poder, que só pensam em si e nos negócios obscuros, sabemos  as consequências.

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