A emoção dos protestos e os tolos
De minha parte, desejo que venham novos protestos, novas eleições, muitas, a cada dois anos, e que um dia possamos não esquecer quem escolhemos para nos representar
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Embora eu não tenha ido a um só dos três protestos organizados pelos movimentos, em Maceió, chega a ser emocionante quando a nós é relatada a experiência vivida, a emoção sentida quando o hino nacional foi cantado.
Como é bom perceber que boa parte dos manifestantes sente o compromisso de reclamar, de demonstrar a sua insatisfação com os casos suspeitos revelados pela Operação Lava Jato.
E claro, sentir que muita gente levanta o dedo acusador contra o governo, o PT e lideranças políticas dos mais variados partidos.
No entanto, seria importante que soubessem claramente que, do ponto de vista jurídico, o impeachment é algo inviável neste momento.
Mas bola pra frente. O mais importante é que muitos dos que protestam votaram contra o PT e contra a candidata, mas têm o direito legítimo de realização e participação nesses atos democráticos.
Assim deve ser. Enquanto democracia engatinhamos, mas buscamos o amadurecimento. Nesse instante de dificuldades políticas e econômicas as instituições funcionam plenamente, equilibradamente, dando o tom de correção quanto a possíveis descaminhos.
É o caso dos estúpidos que pedem o retorno da ditadura militar. Ora, tolos, não sabem que estariam impedidos de protestar contra o governo? Será que não sabem que a imprensa estaria impedida de funcionar livremente, de nos informar sobre investigações?
Não, eles sabem disso tudo. Mas apostam que podem convencer alguns.
De minha parte, desejo que venham novos protestos, novas eleições, muitas, a cada dois anos, e que um dia possamos não esquecer quem escolhemos para nos representar.
Aqueles que optaram por reconduzir o PT ao governo também precisam ser respeitados. A regra do jogo precisa ser respeitada. E Dilma deve concluir o seu governo e só então escolheremos o seu substituto.
Isso é democracia, gostem ou não, alguns poucos.
Mas tudo passa, inclusive os tolos.
E viva a emoção de sentirmos que o Brasil é nosso e que muito precisa melhorar.
Aliás, que tal lançarmos o movimento "Mais Protestos"?
É que tá ficando chique participar.
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